Ambientalistas irão realizar uma
manifestação, no dia 31 de janeiro, na Ponte Estaiada, em Teresina,
contra a exploração de gás xisto na Bacia do Rio Parnaíba. O estado já
leiloou dois blocos,e uma liminar barrou o inicio das atividades.
Segundo a ambientalista Tânia Martins os prejuízos para o meio ambiente
com a exploração do gás são inestimáveis, podendo causar até terremotos,
em uma área de 2 km de onde é retirado.
“O gás é explorado a cerca de 3 km de
profundidade, e o transporte até a superfície pode, acarretar danos ao
meio ambiente, causando até terremotos em um raio de 2 km de onde é
retirado, além de deixar substancias químicas no lençol freático”,
afirmou.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP)
já leiloou dois blocos para exploração no Piauí, que ficam na Bacia do
Rio Parnaíba, na cidade de Floriano, mas o Ministério Público Federal
(MPF) ajuizou uma ação civil pública, pedindo que não se inicie a
atividade no estado.
“Nós entramos com uma ação no MPF para
poder impedir essa exploração, e ganhamos à liminar. Se a ANP
descumprir a decisão será aplicada uma multa no valor de R$ 500 mil para
cada bloco licitado indevidamente ou para cada bloco em que forem
iniciadas as operações”, afirma Tânia Martins.
O gás de xisto é um gás natural
encontrado em uma rocha sedimentar porosa de mesmo nome. O gás é
basicamente o mesmo que o derivado do petróleo, mas a forma de produção e
o seu envólucro são diferente. Para sua exploração é necessário o uso
de pressão hidráulica, junto com 600 produtos químicos, o que no
decorrer do processo acarreta prejuízos ao meio ambiente.
"A exploração desse gás é prejudicial
ao meio ambiente e a população que mora no entorno de onde se extraí o
gás. Se em países como os Estados Unidos, que tem toda uma tecnologia
danos são registrados imagine em um estado sem tanta tecnologia como o
Piauí” afirma a ambientalista, uma das organizadoras do protesto.
Com informações do Portal Az
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