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18 de abril de 2014

'Não estamos mortos', diz mensagem enviada por vítima

Mulher chora ao telefone, enquanto espera juntamente com outros parentes de passageiros a balsa Sewol, por mais informações sobre sobreviventes Mulher chora ao telefone, enquanto espera juntamente com outros parentes de passageiros a balsa Sewol, por mais informações sobre sobreviventes
"Nós ainda não estamos mortos", diz a mensagem enviada por uma estudante, enquanto a balsa Sewol adernava com 475 passageiros a bordo, a 20 km da costa no litoral sudoeste da Coreia do Sul. A maioria era de estudantes da escola de ensino médio Danwon, na cidade de Ansa, que saíam para uma viagem de quatro dias com os professores. A embarcação afundou nesta terça-feira (15) (dia 16, no fuso local) e até agora 179 passageiros e tripulantes foram resgatados, entre eles o capitão, que pediu desculpas pelo naufrágio.
As mensagens, que têm sido veiculadas pelas emissoras de TV e jornais sul-coreanos, relatam momentos de medo dos passageiros, a grande maioria estudantes do ensino fundamental da escola Danwon, que saíam para uma viagem de quatro dias com professores.
"Não tenho conexão de internet. Então estou mandando um SMS", diz uma das mensagens de texto enviadas, segundo a rede americana CNN. "Há poucas pessoas no navio, não consigo ver nada, está tudo escuro. Tem alguns homens e algumas mulheres aqui e as mulheres estão gritando".
Outro estudante tentou pedir socorro à mãe. "Há umas poucas pessoas no barco e nós ainda não estamos mortos, então, por favor, passe esta mensagem adiante."
A mensagem mais dramática repercutiu no mundo inteiro. "Mãe, caso eu não consiga te dizer pessoalmente, estou enviando isto [o SMS]. Eu te amo", diz o texto enviado por um menino, segundo a agência YTN, afiliada da rede americana CNN. A mãe, sem entender, perguntou: "Por quê?". Logo depois, ela resolveu mandar outro SMS. "Eu também te amo, filho."
Alguns familiares, entretanto, chegaram a receber relatos do que acontecia e deram conselhos às crianças. Um pai disse ao filho adolescente para sair de seu quarto, para que as equipes de resgate pudessem encontra-lo mais facilmente.
"Não, eu não posso sair daqui porque [o barco] está muito inclinado. É muito perigoso para se mover", explicou ao pai.
Mais tarde, o adolescente voltou a entrar em contato via SMS. "Não, pai, eu não posso andar agora. Não tem nenhum estudante no corredor. E está muito inclinado".
Outro passageiro contou ao irmão via mensagem de texto que houve problemas na viagem para a Ilha de jeju. "O navio foi atingido por alguma coisa e não está se movendo e a Guarda Costeira está a caminho", teria escrito.
As autoridades sul-coreanas não confirmaram a causa do naufrágio da balsa Sewol, mas chegaram a dizer que havia a possibilidade de a embarcação ter feito uma manobra rápida, que teria deslocado os veículos e contêineres a bordo, desequilibrando o barco.
A balsa seguia sua rota de Incheon, no noroeste da Coreia do Sul, para a Ilha de Jeju –uma viagem de 14 horas. A embarcação estava a três horas de seu destino, quando enviou o pedido de socorro. O navio adernou para um lado e afundou a 20 km da costa.

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