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05 setembro 2014

Existe risco de o vírus ebola chegar ao Brasil. diz reporte



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Epidemia de ebola na África provoca temor mundial151 fotos

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5.set.2014 - Uma ambulância transporta o médico norte-americano Rick Sacra, 51, que foi infectado com o ebola enquanto trabalhava como obstetra na Libéria, em sua chega ao hospital em Omaha, Nebraska, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (5). Sacra, que servia na base de caridade da Carolina do Norte, é o terceiro norte-americano infectado e começará o tratamento em uma das dez camas de isolamento especial do hospital Leia mais Nati Harnik/ AP
A repórter especial da Folha Patrícia Campos Mello passou dez dias em Serra Leoa, um dos países mais afetados pelo ebola, e destacou a falta de preparo do Brasil ao receber pessoas que passaram pelo epicentro da epidemia.
Para ela, existe, sim, risco do vírus chegar ao país, ainda que baixo. Por enquanto, conforme destaca em sua coluna para a publicação, a epidemia está restrita a seis países africanos: Serra Leoa, Libéria, Guiné, Senegal, Nigéria e República Democrática do Congo (um surto separado, de um vírus de uma estirpe diferente).
Patrícia e o repórter fotográfico Avener Prado embarcaram em um voo saindo de Freetown, capital de Serra Leoa, no dia 20 de agosto. No aeroporto do país africano, tiveram as temperaturas medidas três vezes e preencheram formulários com perguntas sobre os principais sintomas do ebola: Tinham febre? Tiveram diarreia ou vômitos? Algum sangramento?
Após essa vistoria, entraram no avião para desembarcar sete horas depois em Bruxelas, capital da União Europeia, onde, mesmo com o passaporte mostrando que vinham de um lugar afetado, não passaram por qualquer procedimento.
Em seu trajeto ainda passaram por Londres, até chegarem ao Brasil pelo aeroporto de Guarulhos no dia 22. Nos dois locais, assim como em Bruxelas, ninguém fez qualquer pergunta ou mediu a temperatura dos viajantes.
Segundo Patrícia, "o 'plano de prevenção' se limitou a recados pelo alto falante do aeroporto, alertando para possíveis sintomas do ebola".
O Ministério da Saúde vem divulgando a adoção de medidas para se preparar para uma possível entrada do vírus no Brasil, mas para Patrícia, assim como tantos outros países, o nosso não está preparado.
Ela destaca que caso tivesse entrado em contato direto com uma pessoa contaminada com ebola e sintomática em Serra Leoa (o que não aconteceu), poderia não estar apresentando os sintomas ainda no embarque em Freetown. Mas, sem qualquer pergunta ou precaução dos países pelos quais passou, poderia ter desembarcado, com ebola e sintomática, tranquilamente no Brasil.
Para ela, o simples procedimento de medir a temperatura e questionar os passageiros no desembarque, seria importante para o país, que recebe muitos imigrantes das regiões afetadas, principalmente do Senegal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o risco de transmissão por viajante internacional é considerado muito baixo. A colunista também destaca que, apesar do preconceito gerado pela falta de conhecimento, o ebola não pode ser transmitido pelo ar, como a gripe. Ele só se transmite através de fluidos infectados, como saliva, sangue, vômito, de um doente já sintomático.
(Com informações da colunista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo)

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