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03 outubro 2014

Barraco na Globo: teve até dedo na cara

Alto nível
Luciana Genro para Aécio Neves: \Luciana Genro para Aécio Neves: \"Não aponta esse dedo pra mim\" (Foto: Reprodução/TV Globo)

William Boner se atrapalhou todo e quase foi a nocaute ontem, durante o debate acirrado entre os sete candidatos à Presidência da República, na TV Globo, o último antes do primeiro turno das eleições, no próximo domingo (5). De dedo em riste a ameaça de prisão, teve de tudo um pouco no embate de duas horas e meia entre Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB), Marina Silva (PSB) e Pastor Everaldo (PSC).

Marina bateu boca com Dilma; que foi questionada por Aécio; que levantou o dedo e chamou Luciana de “leviana”; que defendeu cadeia para o "homfóbico" Fidelix; que acusou Jorge de apologia ao crime, incitando os jovens ao aborto e à maconha; que quer se encontrar com Fidelix nas barras da Justiça.

Primeiro round

Marina Silva discutiu com Dilma fora do ar, após o encerrar seu tempo num dos blocos. A presidente lembrou que o diretor de Fiscalização do Ibama, na gestão de Marina no Ministério do Meio Ambiente, foi afastado por desvio de recursos. Marina reagiu na lata, afirmando que a adversária falava "de forma atrapalhada". E continuou criticando Dilma, mesmo depois de o som do seu microfone ter sido cortado.

Novo round entre as duas: Dilma levantou o tema Banco Central. E disse que Marina confundia "autonomia" com "independência". "Independência do Banco Central é dar um quarto poder para os bancos", ensinou Dilma. "Está falando a Dilma das eleições e não a Dilma das convicções, que, por não ter experiência política, confunde os poderes. Autonomia do BC é para evitar que a inflação cresça como está acontecendo no seu governo", devolveu Marina.

Dedo em riste

Aécio levantou o dedo para Luciana Genro, que comparou PT e PSDB. Genro acusou o PSDB de parir o mensalão. "Você faz aqui do tema livre o seu espetáculo, sem a menor conexão com a realidade. Você sabe que o Brasil não seria o que é hoje sem o governo do PSDB... Construímos um projeto no qual acreditamos. Não é o seu. Eu respeito o seu. Mas também não acredito nele”.

“Quem não tem conexão com a realidade é você, que anda de jatinho e ganha alto salário. Vocês do SDB zombam do povo, que anda de ônibus e metrô lotado... Tu és tão fanático das privatizações e da corrupção que tu chegou ao ponto de fazer um aeroporto com dinheiro público e entregar a chave pro teu tio e isso você não explicou devidamente ao povo brasileiro”, atacou.

Com o dedo apontado para a adversária, Aécio contra-atacou: “Luciana, não seja leviana. Você está aqui como candidata à Presidência da República”. “Você não levanta o dedo pra mim”, reagiu Luciana. Aécio continuou: “você não deve ofender os outros sem conhecer o que está falando... acusações levianas às vésperas da eleição não servem a um debate desse nível. Lamentavelmente, você não está preparada para disputar a Presidência da República”, avaliou.

Prisão

Luciana Genro trocou farpas também com Levy Fidelix. "Tu apavorou, chocou, ofendeu e humilhou milhares de pessoas com o teu discurso homofóbico", acusou a candidata do PSol. "Não estimulei nada, mentira sua... Tenho meu direito de expressar minha posição cristã", retrucou Fidelix,  também acusado por Eduardo Jorge de homofobia. Para Jorge, Fidelix extrapolou todos os limites e deveria de pedir perdão ao povo brasileiro. "Você não tem moral nenhuma para me falar disso. O sr. propõe que o jovem use maconha, faz apologia ao crime", denunciou Levy. "Nós vamos nos encontrar na Justiça quando o MP abrir um processo e estaremos lá como testemunhas", emendou Jorge. "Vire sua boca para lá", reagiu Fidelix.
  
Sobre a coluna "Pinceladas"Bacharel em Jornalismo (UFPI) e especialista em Marketing e Jornalismo Político (IEMP/Camilo Filho), Paulo Pincel escreve sobre todos os assuntos, com opinião crítica.

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