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02 outubro 2014

Um em cada três candidatos do PMDB é investigado

Ficha Suja
Corrupção é um dos ralos do dinheiro público no Congresso NacionalCorrupção é um dos ralos do dinheiro público no Congresso Nacional (Foto: Montagem/Paulo Pincel)

Um em cada três congressistas do PMDB que disputam as eleições deste domingo está sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 76 parlamentares peemedebistas que concorrem, 25 são alvos de inquérito ou ação penal na mais alta corte do país. Dono da maior bancada na Casa, o partido do vice-presidente Michel Temer é o que tem, em números absolutos, mais deputados e senadores candidatos sob suspeita no tribunal onde tramitam as investigações criminais envolvendo autoridades federais. Na sequência, aparecem o PP e o PT, com 17 nomes cada, de acordo com levantamento feito pelo Congresso em Foco.

Dos 516 deputados e senadores candidatos, 152 respondem a inquérito (fase preliminar de investigação) ou ação penal (processo criminal). O PR, com 13, e o PSDB, com 12 representantes, completam a relação das cinco bancadas partidárias com mais parlamentares com pendências judiciais.

Entre as principais representações, o partido com mais candidatos pendurados no Supremo, em termos proporcionais, é o PR: 13 (48%) de seus 27 parlamentares que ambicionam algum mandato estão sob investigação. O PP, com 41%, o estreante Solidariedade (SD), com 35%, e o PTB, com os mesmos 33% do PMDB, completam a relação das bancadas mais enroladas na Justiça. Os nanicos PRP, com apenas dois integrantes, e PTdoB, com três, têm todos os seus parlamentares candidatos respondendo ao Supremo. Não foram encontradas investigações contra congressistas postulantes à eleição de três partidos: PV, Psol e PPS.

A lista partidária dos candidatos pendurados na Justiça é eclética, como mostrou o Congresso em Foco. Na Câmara, os mais visados pelo Supremo são dois parlamentares do DEM que concorrem ao cargo de vice-governador: Lira Maia (DEM-PA) e Paulo César Quartiero (DEM-RR), com 12 inquéritos ou ações penais cada. No Senado, é Lindberg Farias, candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro, alvo de dez inquéritos.

Suspeitas recorrentes

No PMDB, quem mais tem explicações a dar à Justiça é o deputado João Magalhães (PMDB-MG), cujo nome aparece em uma ação penal por corrupção passiva e em sete inquéritos por crimes de responsabilidade, contra o sistema financeiro nacional, contra a Lei de Licitações, tráfico de influência, peculato (desvio de bem público por servidor público) e novamente corrupção.

Depois de cinco mandatos consecutivos na Câmara, o peemedebista agora disputa uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. No Congresso, uma suspeita perseguiu o deputado nos últimos anos: a de que negocia emendas parlamentares no orçamento da União em troca de propina.

Foi assim em 2006, quando apareceu na lista dos parlamentares suspeitos de terem recebido propina da máfia das ambulâncias. Também foi dessa maneira em 2008, quando foi apontado como integrante de quadrilha acusada de desviar mais de R$ 700 milhões em sete estados e no Distrito Federal. E no início do ano passado, quando passou a ser investigado por irregularidades com recursos do Ministério do Turismo.

“Não vejo nada procedente, e tenho acompanhado de perto. Vou provar mais uma vez que sou inocente. É o que a gente tem feito – já arquivei três ou quatro processos. Vamos trabalhar nessa linha, mostrar a verdade, que não tem nada disso”, disse o deputado ao Congresso em Foco em março de 2013.

Sanguessugas

Há oito anos, João Magalhães foi um dos cinco deputados – entre os 69 denunciados pela CPI dos Sanguessugas – a conseguir a reeleição. Ele foi acusado pelo empresário Luiz Vedoin de ter recebido R$ 42 mil, em dinheiro vivo, em troca de ajuda para facilitar negócios da empresa Planam, pivô da máfia das ambulâncias. No início do ano seguinte, escapou do processo de cassação com a decisão do Conselho de Ética de ignorar denúncias apresentadas por atos da legislatura anterior.

O caso, porém, virou inquérito no Supremo. Mas, em março de 2012, o Supremo arquivou a investigação, a pedido do então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que disse não ter encontrado elementos que apontassem que o deputado havia recebido a propina. 


Fonte: Congresso em foco

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