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28 dezembro 2014

Objeto misterioso que apareceu em SP vira alvo de 'selfies' de curiosos

Objeto acabou tornando-se 'ponto turístico' para moradores e turistas.
Adolescentes aproveitaram o objeto para inventar memes e fazer piadas.


Curiosos brincam de tirar selfie com objeto 'misterioso' em Praia Grande, SP. (Foto: Andressa Amorim/G1)
Curiosos brincam de tirar 'selfie' com objeto misterioso em Praia Grande, SP (Foto: Andressa Amorim/G1)
Após diversas tentativas sem sucesso de remoção de um objeto náutico das areias de Praia Grande, no litoral de São Paulo, banhistas, turistas e moradores aproveitaram para tirar fotos e fazer brincadeiras sobre como o artefato foi parar no local.
Uma das crianças que aproveitaram a presença do objeto para brincar em sua volta se surpreendeu com o artefato incomum. "Eu nunca vi algo tão feio e tão grande. Parece um pião gigante”, brinca.
Curiosos brincam e tiram 'selfie' com o artefato
misterioso na praia (Foto: Andressa Amorim/G1)
Assim como as crianças, adolescentes também aproveitaram para fazer piadas com a situação. "Imagina, você vem para a praia e encontra um 'treco' desses encalhado. Tem que registrar e colocar nas redes sociais. Hoje em dia, temos desde 'bituca' de cigarro até objetos desse tamanho para poluir a praia”, comenta um adolescente que estava acompanhado de amigos
Outro banhista disse ter sido atraído para o local após ver reportagens sobre o assunto. "Quando vi a matéria na TV me senti obrigado a vir até aqui e registrar esse momento. Esse objeto está ocupando espaço na areia, e o engraçado é que ninguém conseguiu até agora removê-lo", conta.
Segundo informações da Prefeitura de Praia Grande, uma nova tentativa de remover o objeto será efetuada nesta segunda-feira (29).
Curiosos tentam identificar objeto que surgiu nas areias de Praia Grande, SP. (Foto: Andressa Amorim/G1)Objeto continua encalhado na areia da praia
(Foto: Andressa Amorim/G1)
Caso
O objeto misterioso apareceu na faixa de areia de Praia Grande na quarta-feira (24) e intrigou moradores, turistas e especialistas. Durante toda a sexta-feira (26), técnicos da Marinha e da prefeitura tentaram retirar a peça do local, sem sucesso, já que nenhum equipamento foi capaz de levantar o objeto, que pesa cerca de cinco toneladas. De acordo com o oceanógrafo e professor da Unesp Francisco Sekiguchi Buchmann, é impossível saber quantos anos o objeto ficou vagando pelo oceano. Segundo ele, o tempo pode variar de algumas semanas a até várias décadas.
Buchmann conversou com a equipe do G1 e acredita que, aparentemente, o objeto seja uma boia, provavelmente utilizada para a atracação de navios. "Durante as tempestades, ocorre a sobreelevação do mar, permitindo o encalhe de baleias e boias na praia, por exemplo. Em praias chamadas "abertas" e oceânicas, como as de Praia Grande e Ilha Comprida, é comum o aparecimento de objetos perdidos e até animais", explica.
O professor se refere à grande quantidade de chuva que atingiu a região desde a segunda-feira (22), com índices acima do esperado para o mês de dezembro. "Essa elevação acompanha os ventos e faz subir a maré. Como esses objetos são feitos para ficarem décadas no mar, podem ter soltado e vindo parar na praia", acrescenta.
Máquina tenta remover objeto misterioso de praia no litoral de SP (Foto: Andressa Amorim / G1)Máquina tenta remover objeto misterioso de praia no litoral de SP (Foto: Andressa Amorim/G1)
Técnicos da Marinha que estiveram na praia do bairro Vila Caiçara, onde a boia surgiu, disseram que, pelo formato do objeto, poderia ser uma poita de navio. As poitas são estruturas usadas para a ancoragem de navios, podendo ser ligadas às boias. O G1 também entrou em contato com a Capitania dos Portos para mais detalhes, no entanto, a procedência não foi confirmada.
Objeto está enferrujado e pode causar acidentes (Foto: Andressa Amorim / G1)Objeto está enferrujado e pode causar acidentes
(Foto: Andressa Amorim/G1)
Já o engenheiro mecânico Douglas Bento, que há 31 anos atua na área portuária carioca, aponta uma possível falha de manutenção desses objetos. "Essas boias delimitam por onde os navios podem passar, para garantir a segurança na navegação. Elas geralmente pertencem ao canal de acesso ao porto, ficando presas e amarradas em poitas no fundo do canal. Elas devem passar por manutenção periódica e, nesse caso, a amarra deve ter se rompido pelo mau tempo ou por falta de manutenção", explica.
O guarda-vidas Maurício Soares foi um dos primeiros a avistar o objeto. "Vi logo que cheguei para trabalhar. Segundo as pessoas, ele apareceu na parte da manhã. Isolei a área para ninguém se machucar. Não tinha nenhuma identificação. Era de ferro e estava bem enferrujada. Tinha uma corta e uma circunferência de aproximadamente três metros. Estava com umas cracas (crustáceos marinhos), ostras e sedimentos", conclui.
Fonte:G1

 

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