Uma mulher, identificada pela polícia
com as iniciais A.C, matou a própria filha afogada dentro de um riacho na zona
urbana do município de União por volta das 17 horas desta quarta-feira (31).
Ele tinha acabado de dar a luz e abandonou a criança recém-nascida na água. O
corpo do bebê foi encontrado por populares que passaram pelo local minutos
depois.
De acordo com o investigador da
Delegacia de União, que não quis se identificar, a mulher foi encontrada cerca
de uma hora depois em sua residência, no Centro da cidade, e apresentou extrema
frieza ao prestar depoimento ao delegado Júlio Lima. A polícia chegou até ela
através da ajuda dos moradores da região.
“Nós fomos acionados e quando
chegamos ao local, de fato encontramos um corpo minúsculo boiando na água e
ainda havia umas marcas de sangue, o que nos levou a considerar o fato de que
ela tinha acabado de vir ao mundo. Era uma menina recém-nascida. Nós fizemos o
resgate e começamos as diligências imediatamente no sentido de encontrar o
autor do crime. Como a região ali perto é pequena e todo mundo se conhece, os
populares nos apontaram as mulheres que estavam grávidas e nós conversamos com
cada uma delas. A autora do crime ainda confessou tudo”, relata o investigador.
A mulher foi conduzida até o Hospital Estadual
de União onde foi submetida a exames que constataram que ela havia entrado em
trabalho de parto há poucas horas. “Ela não conseguiu ir muito longe. A dor
física de um parto é muito grande, a mulher fica fraca e ela estava exausta, o
que serviu para aumentar ainda mais as suspeitas que se confirmara com o exame.
Ela a princípio negou, mas depois se viu sem saída e acabou contando como fez
tudo”, afirma o investigador do 20º DP.
Sobre a motivação do crime, a
mulher disse à polícia que não tinha condições de criar a menina porque já era
mãe de três filhos e sua família também não aceitava a ideia de mais uma
criança. A.C continua internada no Hospital de União e, quando tiver alta, será
ouvida mais uma vez pelo delegado Júlio Lima. Ela deve ser indiciada por crime
de infanticídio cuja pena varia de dois a seis anos de reclusão.
Edição: portal do águiaFonte:odia