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31 maio 2015

Garotas vítimas de estupros coletivos perderam a memória, diz Polícia


As quatro garotas vítimas de um estupro coletivo na cidade de Castelo do Piauí na semana passada perderam a memória e vai demorar para que elas se recuperem do trauma sofrido. A informação foi passada ontem pelo delegado Willame Moraes, diretor da Gerencia de Polícia do Interior (GPI), durante a apresentação do ex-detento Adão José de Sousa, 40 anos, preso na tarde de anteontem e tido como o mentor intelectual e executor da barbárie cometida pelas estudantes no Morro do Garrote a um quilômetro do centro de Castelo. O Acusado nega a autoria do delito.

Moraes afirmou ainda que o trauma sofrido pelas vítimas foi muito grande e por enquanto a Polícia não tem condições de ouvi-las sobre o crime. “Mas, apesar do problema, uma das estudantes, a que está um pouco melhor de saúde, já conversa com alguns familiares e chegou a lembrar parte do que ocorreu. Ela narrou que as quatro foram ao morro para fazer um trabalho escolar e tirar fotos quando foram dominadas pelos cinco acusados com uma faca e amarradas os pés e as mãos”, disse o delegado.

NEGA - Ao responder as perguntas de vários jornalistas Adão negou veementemente que tenha participado do crime. Disse desconhecer os quatro jovens que estão apreendidos como participantes do estupro coletivo e se propôs até mesmo a fazer exame de sangue (DNA) para provar sua inocência. Ele declarou ainda que fugiu de Castelo do Piauí no sábado (23), quatro dias antes do crime, por ter participado do assalto a um posto de combustível.

O acusado assumiu o assalto contra uma gerente de um posto de gasolina dois dias antes quando a vítima foi baleada e disse que o tiro contra a gerente foi acidental porque ela jogou o carro contra a sua pessoa e a arma disparou.

Ele assumiu ainda ser  traficante de drogas e que morou 20 anos em São Paulo, sendo que deste total, 13 foram passados na cadeia pelos crimes de tráfico de drogas, assaltos e assassinatos.

Os jornalistas presentes perceberam algumas contradições nas declarações de Adão. Uma delas foi quando ele disse que havia vendido drogas para os quatro adolescentes suspeitos de participar do crime, quando momentos antes afirmara não conhecer os jovens. “Disse que os conhecia porque vendia drogas para muita gente e que eles deviam está no meio”, afirmou tentando consertar.

O delegado Geral Riedel Batista argumentou durante a coletiva que não há a menor dúvida da participação de Adão no crime. Os outros quatro presos foram unanimes em acusar o ex-detento pela prática do delito, além de muitas obras provas importantes, como o achado de uma bermuda na casa do pai do acusado contendo sêmen ressecado. O que falta agora é o depoimento das vítimas que serão pegos em um momento oportuno quando elas tiveram condições de saúde e psicológicas para falar.

“O que estas garotas passaram vai ficar marcado para sempre nas suas vidas. É um trauma para o resto das suas vidas”, revelou, acrescentando que os exames de DNA para comprovar as participações dos acusados já estão sendo feitos, primeiro dos quatro adolescentes cuja autorização foi dada pelos seus responsáveis e em breve, de Adão.

O Secretário de Segurança, Fábio Abreu, informou que todas as meninas sofreram violência sexual e, disse ainda, que os cinco suspeitos, incluindo adão, participaram dos estupros. Adão vai responder pelos crimes de estupro, lesão corporal, tortura, tentativa de homicídio e, caso fique comprovada a sua influência sobre a ação dos quatro adolescentes, pode ser acusado também de cooptar menores para o crime.

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