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29 de janeiro de 2016

Autoteste para detectar HIV estará disponíveis nas farmácias ainda em neste ano


hivautoteste de detecção do vírus do HIV estará disponível nas farmácias do País ainda neste semestre. A informação é do diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, que falou ontem quinta-feira (28) durante o lançamento da campanha de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids para o Carnaval 2016.
“Ele tem o mesmo grau de confiança de qualquer outro teste. Será a oportunidade para uma parcela da população que tem vergonha de pedir o teste para o médico ou de ir a um posto de saúde fazer o teste” declarou ele ao ressaltar que o teste é de triagem e a pessoa precisará confirmar o resultado com outro teste.
O exame pode ser feito com saliva ou sangue e já foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância e Saúde). Ele já é oferecido em vários países do mundo, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e África do Sul.
A meta da Organização das Nações Unidas é de que 90% das pessoas com HIV façam o teste até 2020. No Brasil, cerca de 83% dos portadores do vírus já foram testadas.
— E essa medida certamente ajudará a alcançar os sete pontos de gente que tem o HIV e que ainda precisa ser testada.
Número de pessoas em tratamento contra HIV/Aids aumenta 13% em 1 ano no Brasil
O preço do teste de farmácia ainda não está definido. Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor varia entre US$ 40 e US$ 60 (R$ 160 e R$ 240). “Mas claro que no Brasil esse preço é inviável e as empresas terão que fazer um preço viável aqui”, disse o diretor.
A ampliação da testagem é uma das frentes da nova política de enfrentamento do HIV e Aids. Entre janeiro e setembro de 2014, foram realizados 5,8 milhões de testes no País. No mesmo período do ano passado, foram 6,4 milhões — um crescimento de 10%.
As três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV e Aids, tratar 90% delas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.
— Estamos na direção correta das metas. Estamos ainda em 2016 e devemos sete pontos percentuais na meta de teste, 20 pontos na meta de tratamento e já alcançamos a meta de supressão de carga viral, cinco anos antes do prazo.
O percentual de brasileiros vivendo com HIV diagnosticados por exames passou de 80%, em 2012 para 83%, em 2014. Já a oferta de tratamento passou de 44% de pessoas tratadas em 2012 para 62% em 2014, aumento de 41% no período.


Agência Brasil