PF prende ex-prefeito acusado de chefiar organização criminosa no Piauí - PORTAL DO ÁGUIA

NOTÍCIAS TEMPO REAL


Post Top Ad


21 junho 2017

PF prende ex-prefeito acusado de chefiar organização criminosa no Piauí

Atualizada às 21h31
O procurador da República, Patrício Noé da Fonseca, informou em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 21, na sede da Superintendência da Polícia Federal no Piauí que o ex-prefeito de Dom Inocêncio, Inocêncio Leal Parente é considerado o chefe de uma ação criminosa que desvia recursos públicos há dez anos no Piauí. De acordo com o procurador, além dos municípios de Dom Inocêncio, São Raimundo Nonato e Teresina, outros 15 municípios do Estado estão envolvidos em um esquema de corrupção ativa e passiva, desvio de recursos e fraudes licitatórias.

A operação “Pastor” foi deflagrada na manhã de hoje (21) e tem o objetivo de combater a corrupção e a prática do desvio de recursos públicos no Piauí. Foram cumpridos oito mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão e cinco conduções coercitivas.

“O ex-prefeito, mesmo não atuando na gestão administrativa do município, continua indo atrás de convênios e mantendo contato com a administração de todos os municípios envolvidos no esquema. O ex-prefeito contratava uma empresa, no qual ele era sócio, efetuava o pagamento a esta empresa, mas obras não eram executadas. O dinheiro então era repassado para a conta pessoal do gestor. Conseguimos constatar as ações fraudulentas através de interceptações telefônicas em que verificamos que ele tinha a atividade de combinar quem venceria licitações e quanto seria pago em propina", explica o procurador.

O empresário Décio Castro, dono da Construtora Jenipapo, também foi preso durante a operação. As construtoras envolvidas no esquema são a Jenipapo, Rubem & Rubem e outra que ainda não pode ser revelada.

O delegado de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Albert Sérvio Moura, informou que foi cumprindo um mandato de condução coercitiva contra um funcionário público Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Brasília.

"Esses recursos eram provenientes do FNDE, Funasa e Codesvaf. Seriam utilizados para a construção de cisternas, creches e vias públicas", diz Albert Moura.

Ainda conforme o procurador Patrício Noé, o grupo atuava há pelo menos 10 anos e desviava recursos de Dom Inocêncio, São Raimundo Nonato, Teresina e possivelmente em municípios da Bahia e
      De acordo com a representante da Controladoria Geral da União (CGU), Érica Lobo, nove servidores do órgão atuaram na busca e apreensão de documentos, que estão passando por uma análise técnica. A CGU estima que R$ 5 milhões foram desviados pelo grupo.
“O ilícito mais grave foi a inexecução contratual. Os repasses referentes aos convênios já haviam sido pagos aos municípios ou para as próprias construtoras mesmo antes de iniciar as obras, sendo que essas obras sequer foram executadas. Já é irregular uma construtora receber pagamentos antes da prestação de serviço", diz Érica Lobo.
Matéria original

A Polícia Federal do Piauí deflagrou na manhã desta quarta-feira (21), a Operação Pastor. A iniciativa visa a combater um grupo criminoso que atua em três municípios do Piauí: São Raimundo Nonato, Dom Inocêncio e Teresina.

Eles são investigados por corrupção ativa e passiva, desvio e fraudes licitatórias. a corrupção no Piauí e a prática de desvio de recursos públicos, envolvendo ex-gestores e empresários. Cerca de 70 policiais participam da ação.

“Estão sendo cumpridos mandados de prisão, de conduções coercitivas, e de buscas e apreensão, expedidos pelo Meritíssimo Juiz Titular da Subseção Judiciária Federal em São Raimundo Nonato-PI, para execução nos municípios de Teresina, São Raimundo Nonato, Dom Inocêncio, e no Distrito Federal”, diz a nota.

Confira a nota na íntegra:

A Polícia Federal no Estado do Piauí comunica que na manhã de hoje(21/06) foi deflagrada a Operação PASTOR para fazer cessar ação de grupo criminoso atuante nos municípios de São Raimundo Nonato, Dom Inocêncio e Teresina. Os trabalhos estão sendo realizados conjuntamente com a Controladoria Geral da União (CGU).

O grupo criminoso é investigado pela prática de desvio-peculato, fraudes licitatórias, corrupção ativa, e corrupção passiva. Foram desviados recursos do Ministério da Educação, Codevasf e Funasa. O prejuízo apurado até o momento ultrapassa o montante de R$ 5 milhões.

Estão sendo cumpridos mandados de prisão, de conduções coercitivas, e de buscas e apreensão, expedidos pelo Meritíssimo Juiz Titular da Subseção Judiciária Federal em São Raimundo Nonato-PI, para execução nos municípios de Teresina, São Raimundo Nonato, Dom Inocêncio, e no Distrito Federal.

Maiores informações serão dadas em entrevista coletiva marcada para as 10:30 horas na sede da Polícia Federal em Teresina.

Fonte: Flash de Alinny Maria

Pages