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03 julho 2017

Em depoimento, assassino de psicóloga diz que "gostou de matar"

Permanece isolado numa das celas do Complexo de Internação Provisória, em Teresina, o adolescente de 16 anos, acusado de assassinar a tia, a empresária e psicóloga Joaquina Maria Pereira de Barros, na noite do dia 25 de junho. O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Baretta, revelou detalhes importantes do crime, cometido com requintes de crueldade. "Ele disse que pensou em voltar na casa quando viu que a polícia estava lá, só para ver o que estavam fazendo. O menor assume que matou e gostou de matar", revelou Baretta

A vítima foi morta por uma suposta “mágoa” do rapaz, que morou com ela por seis meses na mesma casa onde o crime aconteceu. Segundo Baretta, após matar a tia na cozinha, o assassino pensou em fazer o mesmo com a prima, filha de Joaquina, uma menina de 9 anos, que dormia num dos quartos da casa. "Ele disse que sentia inveja da filha da psicóloga que era tratada como uma princesa e que pensou em matar a menina quando a viu dormindo".

O PIAUIHOJE.COM transcreve os principais trecho da entrevista do delegado Francisco Costa à TV Cidade Verde (SBT), concedida na manhã desta segunda-feira (3).

A motivação

“Sabemos depois, com a investigação, que ele tinha atentado contra a vida do tio, que é casado com a sobrinha da vítima, porque ele é sobrinho por afinidade. Sabemos que é um crime de homicídio até porque a motivo a gente constata, não se discute. O motivo não faz parte como elementar do tipo penal, então muitas vezes é muito subjetivo”.

Frieza

“Ele é um indivíduo que demonstrou foi muita frieza. Na minha opinião, ele é um psicopata. Ele não é louco, é psicopata, uma pessoa que vive normalmente no seio da sociedade, mas com tendências criminosas. Ele disse aqui conversando, que depois que matou (a tia) ele pensou em matar a criança que tava deitada no quarto ao lado".

O crime

“Ele primeiro deu um mata-leão (golpe com o braço envolta do pescoço) nela. Pegou ela de surpresa. Ela desfaleceu. Ele enrolou um fio de telefone tentando estrangular ela. Ela acordou e ficou se debatendo, tentando tirar (o fio de telefone do pescoço), ele pegou a faca e cortou o pescoço dela para tirar o sofrimento dela”

Premeditação

"Ele chegou lá na casa por volta das 23h56 até porque ele morou lá. Ele adentrou na casa e saiu acho que antes de 1 hora da manhã. Ele veio pelo lado, ele premeditou o crime. Ele pegou e saiu pela outra rua, que jamais imaginaria que ele ia fazer aquela rota. Só que o investigador de polícia, o homem que investiga um homicídio, tem que pensar como criminoso. Mas pensar o inverso. E foi isso que nós fizemos”.

Latrocínio

“Eu aprendi uma lição clássica que tem na investigação criminal que o que se mostra muito aparente na investigação, na cena de um crime, a gente tem que ter medo, a gente tem que observa. E o que lá tinha aparentemente dá a você o entender que estava ali patente um crime de latrocínio. Era muito fácil. Vamos desconfiar. A porta não foi arrumada, a mulher não tinha violência sexual. Nós passamos a refutar algumas hipóteses e a emoldurar outras, o que levou a uma linhade investigação que se robusteceu no dia a dia, com delegado Danúbio Dias, que fez um belo trabalho, com equipe de trabalho de campo que não teve dúvida de chegar o criminoso”.

Fonte: Paulo Pincel

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