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domingo, 24 de setembro de 2017

Governo anuncia cortes de gastos para garantir pagamento de salários

Secretários Antonio Neto (Planejamento) e Rafael Fonteles (Fazenda) com o governador Wellington Dias
Além da paralisação de obras, ações e programas em andamento, o Governo do Estado vai adotar medidas duras, como corte de hora extra, contratações, progressão - para conseguir cobrir o rombo de R$ 180 milhões provocado pela redução em mais de 18% dos valores relativos a transferências de recursos federais ao Piauí no segundo quadrimestre.

O secretário de Estado da Administração, Franzé Silva, adiantou que uma das primeiras medidas a ser adotada é a redução de gastos com pessoal. Segundo o secretário, nenhuma secretaria vai poder pagar hora extra, contratar novos servidores, promover mudança de nível e nem conceder reajuste salarial, como o reclamado pelos agentes penitenciário, em greve há duas semanas. “Qualquer mudança que cause impacto salarial está proibido".

"Durante oito meses é para ter zero de aumento de despesa, alavancando a receita para a receita corrente líquida poder subir, deixando despesa de pessoal estagnada e com isso diminuir o percentual a [ao limite prodencial] 46.55%", avisou Franzé Silva.

"Existe toda uma política que a Fazenda vai apresentar para a equipe econômica no tocante a aumentar a receita. Nós da Administração temos que serrar os dentes, travar todos os sistemas e ninguém vai conseguir fazer nenhum pagamento restrito a partir do que estabelece a Lei 101",

Na semana passada, o governador do Piauí, Wellington Dias, revelou que o Piauí vive uma "queda gigante" nas suas receitas, principalmente nos repasses federais. As perdas de receitas acumuladas no quadrimestre devem alcançar 16% a19%, somando entre R$ 166 milhões e R$ 180 milhões em setembro,

"Isso é quase a metade das nossas receitas. O que tem um impacto muito forte... é perder R$ 180 milhões rapidamente. Eu tenho que tirar 160, 180 milhões de algum lugar para poder não atrasar os principais compromissos. E o principal compromisso que vamos manter é a folha de pagamento".

Wellington Dias admitiu elastecer os prazos para a conclusão e até paralisar obras para honrar os principais compromissos do Estado. "Se tiver de paralisar ou elastecer para um prazo maior obras, nós vamos fazer porque a prioridade é não atrasar salário".

Fonte: Paulo Pincel 

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