CASO IDEPI: Investigação de R$ 110 milhões ocorre sob sigilo na 1ª Vara da Fazenda Pública - Portal do Águia - Portal de Noticias do Piauí

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2 de abril de 2018

CASO IDEPI: Investigação de R$ 110 milhões ocorre sob sigilo na 1ª Vara da Fazenda Pública

Num estado em que inúmeros órgãos públicos constroem estradas, desde as vicinais, e em tempos de Lava Jato, seria providencial que a população pudesse acompanhar as investigações do caso, visto a quantidade de dinheiro envolvido, a quantidade de empreiteiras, um instituto (o IDEPI) que em 2017 voltou a ter canceladas licitações da ordem de R$ 42 milhões também por novas suspeitas - e ainda, com empresários já investigados pelos supostos malfeitos em 2014 em meio a um atual possível “repeteco”. O IDEPI não preza pela transparência, o que é mais um motivo para se acompanhar tudo às claras.

E É CLARO QUE ESTÃO - PELO MENOS NA MÍDIA - QUERENDO ABAFAR...

- A situação vai ficar mais escancarada ainda quando perceberem que para calar e desacreditar estão usando o próprio Estado para isso, além de meios de comunicação e ditos políticos...
Imagem:180 graus


ESTRADAS VICINAIS E AGORA PAVIMENTAÇÃO EM PARALELEPÍPEDO

O Blog Bastidores, do Portal 180, apurou que as investigações sobre o suposto esquema que iria destinar para "outros fins" ao menos R$ 100 milhões que deveriam ser destinados a estradas vicinais, corre sob segredo de justiça na 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública do Piauí - impedindo um maior escrutínio por parte da população piauiense. O processo é eletrônico.

A informação de que o caso está sob sigilo é do próprio Ministério Público do Estado (MPE), instigado que foi pela reportagem a informar como está o andamento das investigações em torno de um clube restrito de empreiteiros – o Clube dos 13 (pelo menos a princípio) – suspeitos de receberem valores a mais e superfaturar obras no apagar das luzes do governo Zé Filho, em 2014.

A pedido do promotor Fernando Santos já houve quebra de sigilos fiscal e bancários de empresas, engenheiros, empreiteiros, para apurar o que realmente ocorreu naquele ano. A suspeita, aqui só do Ministério Público, é de que a cifra de R$ 10.259.255,29 foi superfaturada.

Ora, somado isso ao que o TCE conseguiu evitar com a medida cautelar expedida pelo conselheiro Delano Câmara, a quantia de R$ 100 millhões, chega-se a um caso de R$ 110 milhões, no mínimo. Isso porque pode ser pior, visto que o conselheiro Delano suspeita que outros R$ 20 milhões ou R$ 30 milhões foram pagos a mais. Portanto, o rombo pode ser maior.

Não à toa, concomitante às publicações do Blog Bastidores, há ações, até de autoridades públicas para... 1 – desacreditar o jornalista, 2 – abafar o caso na imprensa. Os prováveis homens da linha de frente para tanto já se mostraram, evidenciaram o rosto, o que levou a eclodir uma repercussão internacional do Caso Idepi.

JUIZ DETERMINOU QUEBRA DE SIGILOS

O próprio Ministério Público informou mês passado que as investigações em torno do caso continuam. Já o TCE ainda sequer chegou a apreciar as tomadas de contas em plenário, uma vez que é um dos mais complexos casos envolvendo possíveis indícios de corrupção já descobertos no Piauí.

O juiz Rodrigo Allagio Ribeiro, no início do ano passado ainda, determinou a quebra de sigilo fiscal e bancário de alguns dos envolvidos, a pedido do promotor Fernando Santos.

No mesmo ano passado, por força do Tribunal de Contas do Estado (TCE), outros R$ 42 milhões em licitações foram suspensos.

É que a Corte de Contas voltou a suspeitar de irregularidades no já suspeito Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI) e decidiu por suspender 38 processos licitatórios.

Ao menos uma das empresas pertencia à mesma família já investigada nas dezenas e dezenas de tomadas de contas especiais abertas em virtude do escoamento injustificado de recursos públicos durante o apagar das luzes do governo Zé Filho.

Aqui, o responsável pela decisão cautelar que fez cair por terra a realização das licitações, já no ano de 2017, foi o conselheiro Alisson Araújo, relator do processo do IDEPI que trata desse caso em específico.
A decisão do conselheiro foi posteriormente ratificada por decisões do plenário da Corte.


Em meio a um estado onde inúmeros órgãos constroem estradas as mais diversas, nada mais salutar que as autoridades estejam de olho num dos mais rentáveis negócios na atualidade envolvendo empreiteiros e órgãos públicos.

Pena que tal negócio... seja somente um deles.

Fonte: 180 graus - Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores