Mais de 35 estudantes da Escola Municipal Justina Freita de Souza, situada na zona rural do município de Corrente, deram entrada no hospital nessa quarta-feira (4/04) após reação alérgica ao medicamento Albendazol.
Segundo a professora Iracema Souza e Silva, os alunos receberam a medicação em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que fica ao lado da escola, durante a campanha de combate ao tracoma, verminose e hanseníase. Poucos minutos após a ministração do medicamento, os alunos apresentaram uma reação alérgica e foram levados ao hospital.
"Todos os anos essa campanha é realizada, por isso não me preocupei que algo pudesse acontecer. Levei os 10 primeiros estudantes, depois levei as outras turmas [...] quando um estudante que foi na primeira começou a uma reação alérgica e pediu para passar álcool. Nem desconfiei que pudesse ser por causa do remédio”, explica a professora.
A professora diz ainda que quando voltou para a escola se deparou com todas as crianças, que tomaram a medicação primeiro, estavam com forte coceira. A escola fica a 20 km do Centro de Corrente e todos os alunos que apresentaram a reação foram levados para o Hospital Regional de Corrente.
Segundo a equipe de enfermagem do hospital, as crianças chegaram com coceira por todo o corpo, alterações na pele, fortes dores de cabeça, tontura, pressão alta e dores no corpo, principalmente no abdômen. A equipe médica prestou o atendimento necessário às crianças.
Por volta das 21h30, ainda havia crianças em observação. Todas chegaram a receber alta, mas algumas retornaram ao hospital com novas reações, principalmente fortes dores de cabeça.
Sobre as possíveis causas da reação alérgica à medicação, a diretora da escola informa que um dos médicos que atendeu as crianças analisou a embalagem do medicamento e informou que ele não estava vencido. "Ele disse que pode ser em decorrência do mal armazenamento do remédio. A secretária de Saúde veio pessoalmente no hospital e já está em posse do remédio ministrado, que será encaminhado para análise amanhã", disse a diretora.
A diretora do hospital, Lindaura Perpétua Cavalcanti, esteve pessoalmente acompanhando a situação das crianças internadas. "Faremos uma notificação formal à ANVISA informando sobre o ocorrido", informou.
Fonte: Com informações do Portal Corrente