A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (11) mandados de busca e apreensão contra o senador Aécio Neves (PSDB) e contra a irmã dele, Andrea Neves, em Belo Horizonte e na Região Metropolitana da capital. Há ordens judiciais também contra Frederico Pacheco, primo de Aécio. A operação acontece também em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília.
O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa Aécio, afirmou que o senador sempre esteve à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários que mostrarão a absoluta correção de todos os seus atos.
Nesta manhã, policiais federais chegaram por volta de 6h em dos imóveis do senador Aécio Neves, um prédio no bairro Anchieta, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo vizinhos, os policiais chegaram em viaturas descaracterizadas e entraram no local. A corporação está também em um condomínio onde vive Andrea Neves, em Brumadinho, na Região Metropolitana da capital mineira.
Andréa é considerada operadora do senador nas investigações da Lava Jato. Ela foi presa pela PF em maio de 2017.
Outros alvos desta operação são Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, deputado federal e presidente nacional do partido Solidariedade; a deputada federal Cristiane Brasil (PTB); e empresários que, afirmam promotores, emitiram notas fiscais frias
para Aécio.
O advogado Ricardo Ferreira Melo, que defende Pacheco, foi contatado e o G1 aguarda um retorno. A reportagem está tentando contato com a defesa de Cristiane Brasil e ligou para o telefone do deputado Paulinho da Força por volta das 7h15. Ele atendeu, mas desligou.
Outro alvo desta operação é Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presidente nacional do partido Solidariedade.
Segundo a PF, o senador Aécio Neves comprou apoio político do Solidariedade, por R$ 15 milhões e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.
Esta operação faz parte do inquérito 4519, que tem como relator no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio.
Veja abaixo a nota do advogado de Aécio Neves:
"O Senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários que mostrarão a absoluta correção de todos os seus atos. É preciso que se esclareça que os recursos referidos pelos delatores da JBS agora como propina são as contribuições eleitorais feitas à campanha do PSDB em 2014 e devidamente registradas na Justiça Eleitoral. Somam-se a esses valores contribuições legais feitas a outros partidos políticos. A medida é, portanto, desnecessária já que o Senador é o maior interessado no esclarecimento de todos os fatos." - Alberto Zacharias Toron
Fonte:G1