O auxílio emergencial aos trabalhadores autônomos e aos desempregados para enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus aliviou as necessidades de milhares e milhares de Brasileiros. Mas, ao mesno tempo impôs grande humilhação aos mais frágeis, principalmente aos que não têm acesso a contas bancárias.
O pagamento do auxílio, no valor de R$ 600 e até R$ 1,2 mil para mulheres chefes de famílias, foi garantida pelo Congresso Nacional. O governo federal queria pagar apenas R$ 200. Com a pressão dos partidos de oposição o valor foi elevado em até três vezes em relação ao que o governo propôs.
Por causa da burocracia e das dificuldades operacionais do governo, o pagamento do benefício tem provocado muito confusão e vai e vem de pessoas reclamando que vão em agências bancárias e casa lotéricas e não conseguem receber a tão necessária ajuda financeira.
Em razão dessa desorganização, o que se vê em todo o país são imensas filas e aglomerações de pessoas em frente às agências da Caixa Economica Federal e de casas lotéricas para receber o auxílio, o que expõe os pobres e humildes aos riscos de contaminação pelo novo vírus.
Na madrugada desta segunda-feira (04.05), fotos que circulavam nas redes sociais mostram grande fila que vem se formando todas as noite e madrugadas, em frente à Agência da Caixa Econômica Federal, na Avenida Pinheiro Machado, em Parnaíba, no litoral do Piauí. São pessoas pernoitam por lá na esperança de receber o tal auxílio emergencial.
Em quase todos os países do mundo criaram foram pagos auxílios financeiros até muito maior que o oferecido no Brasil para as pessoas não passarem necessidades durante a pandemia do novo coronavírus. Mas em nenhum deles se viu filas e aglomerações nas ruas para receber dinheiro.
Isso prova, mais uma vez, que o governo federal não está preparado para grande ações de socorro e de defesa da vida dos brasileiros. Mostra que tornou o Estado lento e ineficaz, propositadamente, para atender aos caprichos dos ricos, dos banqueiros e rentistas em detrimento daqueles que detêm a força de trabalho.
A velha mídia brasileira mostra essa humilhação, mas sem a profundidade que o assunto requer. Aliás, nada favorável ao povo interessa a essa velha mídia, que chama banqueiros, doleiros, agiotas e rentistas de 'Mercado Financeiro" para esconder os nomes dos responsáveis pelo alto índice de pobreza e de exploração dos trabalhadores no país.
Fonte:Piauí Hoje
