CODEVASF É COMANDADA PELO CENTRÃO
Em comunicado, a Polícia Federal no Maranhão informou que a suposta organização envolvida em fraudes licitatórias na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) era liderada por um investigado apelidado de "Imperador", daí o porquê da denominação da fase ostensiva da "Operação Odoacro", em referência ao sobrenome do soldado italiano que capitaneou uma revolta que colocou fim ao Império Romano. O "Imperador" trata-se do empresário Eduardo José Barros Costa, que seria "sócio oculto" da empreiteira Construservice, segundo as investigações.
Ao todo foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (27) nas cidades de São Luís/MA, Dom Pedro/MA, Codó/MA, Santo Antônio dos Lopes/MA e Barreirinhas/MA, 16 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão temporária.
A Operação Odoacro tem a finalidade de desarticular associação criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais.
A investigação constatou a existência de "um engenhoso esquema de lavagem de dinheiro", perpetrado a partir do desvio do dinheiro público proveniente de procedimentos licitatórios fraudados.
Artigos de Luxo apreendidos na operação (Foto: Divulgação)
CRESCIMENTO EXPONENCIAL
As diligências apontaram para a utilização do mesmo modus operandi, inclusive com as mesmas pessoas interpostas e empresas de fachada, de condutas realizadas em 2015, quando a Polícia Civil conseguiu identificar uma associação criminosa instituída para desviar recursos públicos do Município de Dom Pedro/MA, informou a PF.
Após a referida operação policial, notou-se que o esquema criminoso não recuou, ao contrário, acabou crescendo exponencialmente nos anos posteriores, alterando, apenas, a origem da verba desviada - que passou a ser federal.
Descobriu-se que são constituídas pessoas jurídicas de fachada, pertencentes formalmente a pessoas interpostas, e faticamente ao líder dessa associação criminosa, para competir entre si, com o fim de sempre se sagrar vencedora das licitações a empresa principal do grupo, que possui vultosos contratos com a Codevasf.
O líder desse grupo criminoso, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle.
Dinheiro apreendido na operação (Foto: Divulgação)
Ao todo, 80 policiais federais cumpriram as determinações judiciais expedidas pela 1ª Vara Federal de São Luís/MA, que decorreram de uma representação elaborada pela Polícia Federal.
Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa.
Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão, complementou a nota pública da Polícia Federal.
As informações são do 180grau
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