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Há 5 meses, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde(HEDA) passou por uma reestruturação e organização na área de atendimento de neurocirurgia. A ampliação do serviço deu início em março de de 2022.
Dr. Cleciton Braga Tavares, presidente da Cooperativa Piauiense de Neurocirurgiões informou que o serviço já funcionava no HEDA antes com dois profissionais concursados do estado, mas eles trabalhavam na modalidade de sobreaviso. “Como a equipe era pequena, o hospital não disponibilizava de cirurgias todos os dias, por esse motivo a quantidade era menor. Para se ter uma ideia, o número de cirurgias no HEDA era de cerca de 40 por ano”, pontuou.
O presidente da cooperativa piauiense de neurocirurgiões ressaltou que após 5 meses da reorganização no atendimento de neurocirurgia o HEDA teve um aumento significativo nas cirurgias.
“Antigamente o HEDA realizava em torno de 40 a 50 cirurgias por ano. Em 5 meses de reestruturação e ampliação do serviço passou a se realizar 89 cirurgias, ou seja, se continuarmos nesse ritmo, vamos chegar na casa de 200 cirurgias por ano, então vamos multiplicar em 5 vezes o volume atual”, pontuou o Dr. Cleciton Braga.
Hoje o atendimento da especialidade funciona em regime de plantão 24h com uma equipe de neurocirurgia com características presenciais.
Vale destacar os números no período de 5 meses,foram 1.179 pareceres em atendimentos no Pronto Socorro, 421 internações e 89 cirurgias. Um grande avanço para HEDA, assim como descentralização dos serviços de alta complexidade no estado, uma vez que antes os pacientes precisavam ser transferidos para Teresina para ter acesso a neurocirurgião , e hoje eles são atendidos, diagnosticados e tratados no HEDA.
Dr Cleciton Braga explicou que existe uma frase na neurocirurgia, “Tempo é cérebro” que quanto mais tempo demorar para fazer o diagnóstico e tratamento adequado das lesões neurológicas do paciente, pior a sobrevida, ou seja é menor a chance do paciente sobreviver, porém é maior o número de sequelas.
Ainda ressaltou que com a presença de uma equipe 24h por dia à disposição da população, o serviço melhorou de maneira significativa, lembrando que o HEDA não atende apenas o litoral do estado, e sim uma área que abrange cerca de 1 milhão de habitantes.
“Nesses 5 meses a mudança foi bastante significativa para população do litoral do estado. Além de uma diminuição no gasto com transportes de pacientes houve uma diminuição da superlotação nos hospitais da Capital, e uma melhora na qualidade de vida da população do norte do Piauí que é atendida no HEDA”, falou.
O perfil dos pacientes que são atendidos pela equipe do HEDA são vítimas de Traumas e Acidente Vascular Cerebral (AVC) que é conhecido popularmente como derrame, e que nem sempre é cirúrgico, mas é necessário uma avaliação do neurocirurgião para tratar o paciente da melhor forma possível. Os pacientes vítimas de trauma craniocefálico atendidos na neurocirurgia, são na maioria vítimas de acidente de trânsito, em especial os motociclísticos, que normalmente são pacientes adultos jovens e do sexo masculino, com ingesta de bebida alcoólica ou ausência do uso do capacete.
Também é Importante frisar que a partir do momento que o hospital tem uma equipe diária de neurocirurgia, outras especialidades passaram a se beneficiar, entre elas a pediatria que teve um aumento no número de crianças com patologias neurológicas operadas no HEDA.
“Portanto, podemos afirmar que com a expansão e reorganização do serviço de neurocirurgia do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, neste últimos 5 meses houve uma melhora na qualidade no atendimento, o que levou uma diminuição na morbidade e da mortalidade por doenças neurológicas traumáticas e cerebrovasculares no norte do estado do Piauí”, finalizou Dr. Cleciton Braga.
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