Foi convertida para preventiva a prisão dos quatros líderes do esquema criminoso descoberto na Operação Prodígio, deflagrada dia 5 de setembro, que prendeu 30 pessoas que aplicavam golpes contra o banco Santander no Piauí. O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, foi quem decretou a prisão preventiva, já que o prazo da temporária, que dura cinco dias, encerrou sábado, 9.
Os quatro líderes que permanecem presos são: Anderson Ranchel Dias de Sousa, Handson Ferreira Barbosa, Ilgner de Oliveira Bueno Lima e Sávio Máximo de Sousa Andrade. Todos os outros envolvidos que estavam sob prisão temporária foram soltos. Somente no Piauí, o golpe contra o banco causou prejuízo de R$ 6 milhões. O grupo atuava em outros municípios do país e o total de prejuízo chega a R$ 19 milhões.
A FRAUDE
A fraude consistia em cooptar pessoas para abrir contas bancárias com dados falsos (como profissão, renda, etc.) que levassem o banco a aumentar o limite de crédito desses clientes. Uma vez aberta a conta, a associação criminosa simulava uma série de transações bancárias para "esquentar" a conta, de forma que o banco entendesse que aquela renda declarada era legítima.
Quando o grupo criminoso acreditava ter atingido o limite máximo de crédito possível, "tombava" o banco, não realizando mais qualquer pagamento. Para retirar o dinheiro das contas da instituição financeira, o núcleo financeiro da associação criminosa utilizava empresas fantasmas e diversos meios de pagamento (cartão de crédito, boleto bancário) que envolviam múltiplas empresas do sistema financeiro, tudo isso para dificultar a investigação policial. Presos Alguns dos suspeitos presos têm entre 18 e 21 anos e diziam ser médicos e engenheiros para abrir contas bancárias, daí o nome da operação.
Fonte: Piauí Hoje
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