Crimes de agiotagem liderados por colombianos em Parnaíba acendem alerta para violência, endividamento e jogos de azar na região.
A cidade de Parnaíba enfrenta uma onda crescente de agiotagem, liderada por colombianos, que aterroriza moradores e comerciantes. A prática ilícita, marcada por juros abusivos e ameaças de violência, tem deixado muitos endividados e com medo de represálias.
Uma vítima, que preferiu não se identificar, relatou ao Portal do Águia que foi ameaçada de morte por um agiota colombiano caso não cumprisse os pagamentos em dia. A vítima ainda mencionou que os agiotas se vangloriam de realizar execuções em locais remotos, dificultando a investigação policial. Essa suspeita levanta a possibilidade de envolvimento dos agiotas em casos de corpos encontrados em áreas de difícil acesso na região litorânea.
Uma investigação do Portal do Águia em dois grandes mercados públicos de Parnaíba revelou que cerca de 40% dos comerciantes estão endividados com agiotas colombianos. Além da agiotagem, os colombianos exploram jogos de azar ilegais, como o "Boa Sorte", que acumula prêmios e raramente os distribui.
Em 27 de março de 2025, um colombiano foi baleado durante uma cobrança de dívida, resultando na morte de seu suposto segurança. O crime ocorreu no bairro Canta Galo, em Parnaíba, e evidenciou a violência associada à agiotagem.
A atuação dos colombianos no mercado de jogos de azar ilegais, como o "Boa Sorte", representa mais uma forma de exploração da população. A venda de bilhetes e a manipulação dos sorteios geram prejuízos financeiros e alimentam a prática da agiotagem.
A prática da agiotagem é considerada crime contra a economia popular, com pena de detenção de seis meses a dois anos e multa, conforme a Lei nº 1.521/51.
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