O Vaticano deve iniciar uma série de ritos e protocolos após a morte do papa Francisco, na manhã desta segunda-feira (21).
Com o fim do pontificado de 12 anos, o posto mais importante da Igreja Católica ficará vazio até a conclusão de um novo conclave. O período é conhecido como Sé Vacante.
Um dos primeiros ritos será a destruição de um tradicional símbolo da autoridade papal, o anel do Pescador. A joia mostra a imagem de São Pedro lançando uma rede.
O anel era utilizado pelo papa para selar documentos oficiais. O item será destruído como um golpe de martelo, um símbolo do fim do papado de Francisco.
Os aposentos oficiais do papa serão lacrados até que um novo pontífice seja escolhido. O camerlengo, cardeal responsável pela administração durante o período de transição, deve trancar e selar a residência papal.
O velório de um papa dura nove dias. O próprio papa simplificou seu processo de despedida e optou por um enterro simples, em um caixão de madeira.
Francisco também aboliu a tradição de usar uma plataforma elevada na Basílica de São Pedro para ser velado. Os fiéis poderão se despedir de Francisco dentro do caixão, com a tampa aberta.
Papa Francisco optou por ser enterrado fora do Vaticano. O pontífice escolheu a Igreja de Santa Maria Maior, em Roma, e não a Basílica de São Pedro, que abriga mais de 90 papas.
A escolha foi por se tratar da igreja que Francisco tradicionalmente frequentava para fazer suas orações em Roma - diocese da qual era, oficialmente, o bispo. Antes dele, Leão XIII, em 1903, havia optado pelo enterro na igreja de São João de Latrão.
CAMERLENGO ATUA COMO 'PAPA INTERINO'
Kevin Farrell, cardeal irlandês de 77 anos eleito como camerlengo, atuará como um papa "interino" até a eleição do novo pontífice, embora com poderes reduzidos.
Todas as autoridades da Cúria Romana devem deixar o cargo após a morte do papa, deixando apenas o cardeal camarlengo para administrar os assuntos cotidianos da instituição.
Outra de suas funções é definir a data para o início do conclave, que deve começar no mínimo 15 dias e no máximo 20 dias após a morte do sumo pontífice.
Em 22 de fevereiro de 1996, João Paulo II promulgou a Constituição Apostólica "Universi Dominici Gregis" sobre a vacância da Sé Apostólica e a eleição do Romano Pontífice, que estabelece todos os prazos para os acontecimentos posteriores à morte do papa.
As cerimônias funerárias são realizadas na Basílica de São Pedro, exceto no caso de disposições testamentárias em contrário. Francisco anunciou, no fim de 2023, o desejo de ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore em Roma, ou seja, fora do Vaticano.
Fonte: DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário