Briga por território e proliferação de bocas de fumo transformam bairros de Chaval em cenário de guerra, com relatos de "tribunal do crime" e apelos por intervenção de forças de segurança de Camocim.
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| Imagem Ilustrativa do Google Imagem |
A tranquilidade dos moradores de Chaval, no Ceará, foi brutalmente interrompida por uma guerra territorial entre facções criminosas. A Rua da Caçamba, no bairro Caçamba, tem sido palco de constantes confrontos armados, que aterrorizam a população e levantam sérias preocupações sobre a segurança pública no município.
Na manhã da última sexta-feira (23/05), uma troca de tiros entre facções rivais durou horas, colocando em risco a vida de moradores, com relatos de que projéteis passaram perigosamente perto de atingir pessoas e até mesmo uma criança. O cenário de violência se repetiu na manhã deste domingo (25), quando a redação do Portal do Águia recebeu informações sobre novos atentados a tiros na mesma rua.
Um morador, que preferiu não se identificar por medo de represálias, relatou ao Portal do Águia que a cidade de Chaval está "infestada de boca de fumo", com pontos de venda de drogas operando livremente "quase toda esquina". A fonte denunciou que a Polícia de Chaval estaria ciente da situação, mas "não entra por medo de enfrentar as facções".
A situação é tão grave que, segundo relatos, as facções já teriam estabelecido um "tribunal do crime", onde "pega, bate, tortura", e aqueles que se atreverem a chamar a polícia seriam sentenciados à morte.
O mesmo morador indicou que os bairros mais dominados pelas facções são: Caçamba, Cruzeiro e Escondido. Nesses locais, a venda de drogas ocorreria "livremente", com a população sentindo-se abandonada pela segurança pública. Outro morador reiterou a percepção de que "Chaval está esquecido pela segurança pública".
Uma terceira moradora, residente do bairro Escondido, expressou a desesperança com a atuação local: "Tomara que haja uma investigação da Polícia Civil com a Polícia Militar de Camocim, porque a Polícia Militar de Chaval não faz nada pela população." A população clama por uma intervenção externa, dada a inércia percebida das forças de segurança locais.
As informações de moradores apontam que os "chefões" das facções são tanto indivíduos de fora, de cidades vizinhas (inclusive do Piauí), quanto criminosos locais. Essa mistura estaria intensificando os confrontos e tiroteios, gerando um ambiente de alta periculosidade. O temor da população é que as autoridades só tomem providências efetivas "quando começarem a morrer pessoas inocentes, até mesmo crianças".
OUTRO LADO
No entanto, a reportagem não conseguiu encontrar o comandante da Polícia Militar, o que impossibilitou a coleta de um posicionamento oficial sobre a escalada da violência e as acusações de omissão por parte da população.
Segue espaço aberto para esclarecimento
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