Uma caminhonete Toyota Hilux SR 2025, avaliada em cerca de R$ 300 mil e adquirida à vista, pode se tornar o estopim para uma investigação policial envolvendo o atual prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel (Progressistas). O veículo de luxo está registrado em nome da empresa FH Serviços Consultoria Ltda — a mesma que, até abril de 2024, pertencia integralmente ao próprio gestor municipal.
Documentos obtidos com exclusividade pelo Portal do Águia, junto à Junta Comercial do Estado, revelam que em 1º de abril de 2024, Francisco Emanuel transferiu todas as 110 mil quotas de capital da empresa para o seu primo, Francisco Herbert da Silva Fontenele, de apenas 22 anos. A transação levantou suspeitas à época por ter ocorrido durante o período em que Francisco Emanuel era pré-candidato à Prefeitura de Parnaíba.
Para especialistas ouvidos pela reportagem, a operação pode configurar um "negócio fictício", prática que consiste em transferências empresariais realizadas apenas no papel, com o objetivo de esconder a real participação de sócios que legalmente não poderiam figurar como donos, o que seria o caso de um político em campanha.
O que reacendeu as suspeitas foi a descoberta de que o veículo de luxo, comprado já em 2025, aparece sob a titularidade da mesma empresa que Francisco Emanuel afirma não integrar mais. Segundo apuração do Portal do Águia, a caminhonete Toyota Hilux preta, de placa de Parnaíba, continua vinculada à FH Serviços Consultoria Ltda, mesmo após mais de um ano da suposta saída de Francisco Emanuel do quadro societário.
O caso já havia sido noticiado em primeira mão por este portal no dia 17 de setembro de 2024, mas, na época, o assunto não despertou atenção das autoridades competentes. Agora, com a posse do veículo registrada e o nome do prefeito novamente ligado à empresa de forma indireta, o escândalo ganha força e pode ser investigado por órgãos de controle e fiscalização, como o Ministério Público e a Polícia Civil.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do prefeito Francisco Emanuel, mas até o fechamento desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
O Portal do Águia continuará acompanhando o caso.
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