Uma polêmica envolvendo contratos de mais de meio milhão da Prefeitura de Cocal, no Piauí, ganhou novos contornos nesta sexta-feira (04/07) após declarações do próprio superintendente de comunicação do município, Godofredo Brito. Em vídeo publicado em seu Instagram, o servidor público criticou abertamente a empresa contratada pela gestão do prefeito Cristiano Brito (REPUBLICANOS), afirmando que ela "não consegue nem fazer marketing para si mesma".
A fala acontece após a repercussão de duas contratações firmadas pelo prefeito Cristiano Brito com a empresa DIGIASC DESIGN E MARKETING LTDA, sediada em Teresina. O primeiro contrato, de número AD Nº04.014/2025, foi firmado no valor de R$ 299.520,00 (duzentos e noventa e nove mil, quinhentos e vinte reais). O segundo, de número AD Nº05.015/2025, também no mesmo valor, totalizando R$ 599.040,00 (quinhentos e noventa e nove mil e quarenta reais).
Ambos os contratos possuem o mesmo objeto: prestação de serviços de suporte para divulgação em comunicação social, incluindo design gráfico, fotografia, filmagem, gravação, edição, transmissão de eventos e reuniões, além da atuação em redes sociais.
Apesar de ser o responsável pelas mídias da gestão municipal, o superintendente de Comunicação Godofredo Brito tentou se desvincular da escolha da empresa e chegou a ironizar a contratação feita pelo prefeito. “A empresa contratada não consegue nem fazer marketing para si mesma, nem atualizar a própria rede social. É fraca como caldo de peteca”, declarou.
Segue o vídeo abaixo!
Ele ainda questionou a utilidade da empresa para o município, sugerindo que a firma, recém-criada, não possui estrutura suficiente para atender à demanda de uma prefeitura.
Segundo informações da Receita Federal, a DIGIASC DESIGN E MARKETING LTDA foi fundada em 30 de janeiro de 2023 e possui um capital social de apenas R$ 20.000,00. Para críticos da atual gestão, o perfil da empresa não condiz com os altos valores contratados.
Diante das declarações de seu próprio superintendente, aumenta a pressão sobre o prefeito Cristiano Brito. Parlamentares da oposição e membros da sociedade civil já começam a questionar a legalidade e a viabilidade desses contratos. Caso as acusações se confirmem, a anulação das contratações pode ser o caminho mais prudente a ser seguido pela gestão municipal.
OUTRO LADO
Até o momento, a Prefeitura de Cocal e o prefeito Cristiano Brito não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
Segue espaço aberto para esclarecimentos.
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