Contratações Milionárias para Aniversário de Cocal Geram Polêmica Após Decreto de Calamidade Financeira - Portal do Águia - Portal de Noticias do Piauí

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3 de agosto de 2025

Contratações Milionárias para Aniversário de Cocal Geram Polêmica Após Decreto de Calamidade Financeira

A cidade de Cocal enfrenta uma grande polêmica após a divulgação de contratos milionários para a festa de aniversário do município. O fato gerou revolta e questionamentos, especialmente porque em 9 de janeiro de 2025, o prefeito Cristiano Britto (Republicanos) havia assinado o Decreto nº 10/2025, que permitia contratações emergenciais sem licitação por até 90 dias, alegando uma "calamidade financeira".

As contratações artísticas incluem:
  • DJ Alok por R$ 800 mil (para 1h20 de show).

  • Natanzinho Lima por R$ 650 mil.

  • Banda Hungria Hip Hop por R$ 250 mil.

  • Banda Anjos de Resgate por R$ 140 mil.

O valor total dessas quatro apresentações já soma R$ 1.840.000,00 (Um milhão, oitocentos e quarenta mil reais), com a expectativa de que o montante final ultrapasse os R$ 3 milhões ao incluir despesas adicionais com hotel, refeições e outros custos dos artistas.

Indignação e Críticas da População

Três moradores de Cocal, que preferiram não se identificar por medo de represálias, conversaram com a reportagem e expressaram sua indignação:

"Isso é falta de vergonha. Eu votei nesse rapaz, mas já me arrependi. Cocal não melhorou, está piorando com esse prefeito que quer ser o melhor, mas está quebrando o município com milhões que deveriam ser usados em melhorias para a nossa cidade", disse um morador.


"Se Cocal não quebrou ainda, desta vez vai quebrar. Com essas cifras milionárias, o município vai entrar em estado de emergência", afirmou outro.


"Cadê os vereadores? Cadê o Ministério Público que não evita esses gastos abusivos? A cidade de Cocal, com 28.212 habitantes, não tem condições de bancar um artista desse valor, o que pode afetar serviços essenciais", questionou o terceiro morador.

Um funcionário da prefeitura, que também pediu anonimato, levantou a suspeita de superfaturamento nas contratações e sugeriu que o Tribunal de Contas e o Ministério Público investiguem os contratos.

A polêmica levanta dúvidas sobre a real situação financeira do município e o impacto dessas despesas na saúde, educação e infraestrutura, áreas que, segundo a população, já apresentam problemas. A comunidade espera por uma atuação firme das autoridades de fiscalização.

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