Ilha Grande do Piauí: Secretário de Administração acumula mais de R$ 42 mil em diárias para viagens a Teresina

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  O uso de recursos públicos em diárias de viagem por parte do secretário de Administração e Fazenda de Ilha Grande do Piauí, Antônio Defrísio Ramos Farias, tem levantado questionamentos entre moradores e lideranças locais. De acordo com informações disponíveis no Portal da Transparência do município, o gestor já acumula mais de R$ 42 mil em diárias no período de 2021 a março de 2025.
  
  
  Segundo os dados oficiais, o secretário costuma viajar com frequência de Parnaíba a Teresina, chegando a realizar deslocamentos quase duas vezes por mês. O valor pago por cada diária é de R$ 500,00, montante que, somado ao longo dos anos, representa um gasto significativo para os cofres do municipio.
  Histórico das viagens
  
  
  O levantamento revela que o secretário manteve uma rotina de deslocamentos contínuos:
  
  
  
  
  2021: 20 viagens de Parnaíba a Teresina;

• 2022: 19 viagens;

• 2023: 16 viagens;

• 2024: 23 viagens;

• 2025 (até 26 de março): 6 viagens.

As notas de empenho registram inclusive situações em que o secretário teria realizado duas viagens em apenas uma semana.
Questionamentos da população

O volume de deslocamentos oficiais e os valores gastos chamaram a atenção da população de Ilha Grande, que passou a cobrar explicações sobre a real necessidade de tantas viagens. Moradores apontam que os recursos poderiam ser aplicados em áreas mais urgentes do município, como saúde, educação e infraestrutura.

Alguns cidadãos já defendem que o Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) seja acionado para investigar a legalidade e a justificativa dessas despesas, verificando se todas as viagens foram de fato necessárias para a administração pública.

Transparência e cobrança

Especialistas em gestão pública lembram que o pagamento de diárias é um mecanismo legal, desde que os deslocamentos sejam devidamente justificados e tenham relação direta com as funções do cargo. Entretanto, quando os valores ultrapassam a média de gastos esperada, cabe aos órgãos de controle analisar a pertinência das despesas.

O caso ganha destaque num cenário em que a sociedade brasileira cobra cada vez mais transparência no uso dos recursos públicos. Em cidades de pequeno porte como Ilha Grande, onde as necessidades básicas ainda não são plenamente atendidas, gastos dessa natureza tendem a gerar maior repercussão e pressão popular.

OUTRO LADO

Até o momento, a Prefeitura de Ilha Grande e o próprio secretário não se manifestaram oficialmente sobre os questionamentos.

Segue espaço aberto para esclarecimentos.

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