Cristiano Brito tentou culpar deputado Rubens Vieira por suspensão de shows, mas documentos revelam outra verdade
Em meio à pressão popular e à indignação geral da população de Cocal, o prefeito Cristiano Felippe de Melo Britto (Republicanos) foi desmascarado após mentir publicamente sobre a origem da ação judicial que suspendeu os shows milionários marcados para os dias 11 e 14 de agosto, durante o tradicional "Festejo do Povo".
Sem argumentos para justificar os altos gastos em meio a uma emergência financeira decretada desde janeiro deste ano, o prefeito resolveu apontar o dedo para o deputado estadual Rubens Vieira (PT), afirmando em entrevista a um canal no YouTube que o parlamentar teria sido o responsável por acionar a Justiça para barrar os eventos.
Porém, os fatos desmentem o prefeito.
A verdade: Ministério Público é o autor da ação
A ação que suspendeu os shows com artistas nacionais partiu do Ministério Público do Estado do Piauí, e não do deputado Rubens Vieira. Na sentença judicial, consta claramente como autor o MP-PI e como réus o prefeito Cristiano Brito, sua esposa, Lívia Janaina Monção Leodido Britto, e o próprio Município de Cocal.
A denúncia foi motivada após divulgação da imprensa e repercussão negativa em todo o estado, sobre os contratos milionários para shows em um município que enfrenta problemas sérios na saúde, educação e pagamento de servidores.
Deputado reage e promete processar prefeito
Diante da mentira espalhada por Cristiano Brito, o deputado Rubens Vieira divulgou um vídeo nas redes sociais desmentindo as declarações do prefeito e afirmando que vai acionar a Justiça para que Cristiano apresente provas de suas acusações.
“Não posso permitir que meu nome seja usado de forma leviana para encobrir uma irresponsabilidade com o dinheiro público”, declarou o deputado no vídeo.
Decreto de emergência e gastos milionários sob investigação
Assinado em 9 de janeiro de 2025, o decreto de emergência financeira em vigor na cidade torna ainda mais escandaloso o investimento milionário em artistas de renome nacional, enquanto faltam medicamentos, infraestrutura básica.
Diante do escândalo, órgãos de controle já abriram investigações para apurar o uso dos recursos públicos e a legalidade das contratações anunciadas.
Um especialista em direito público ouvido pelo Portal do Águia foi direto:
“Se o prefeito continuar com esse modelo de gestão e insistir em desrespeitar a realidade financeira do município, ele pode sim vir a ter o mandato cassado.”
Câmara em silêncio e população indignada
Enquanto isso, os vereadores do município permanecem calados, assistindo à cidade mergulhar em uma crise institucional. Moradores de Cocal já expressam revolta nas redes sociais e cobram uma postura firme do Legislativo, que tem o dever de fiscalizar o Executivo.
A população agora exige transparência, responsabilidade e respeito com os recursos públicos.
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