Um homem identificado como Walcir Batista dos Santos, suspeito de ter assassinado o próprio irmão por volta das 9h30 da manhã de uma sexta-feira, no dia 18 de junho de 2021, em uma residência localizada na Rua Coelho Rodrigues, Bairro São José, em Parnaíba, está sendo acusado de ameaçar a equipe de jornalismo do Portal do Águia.
Segundo relatos, Walcir começou a ligar insistentemente para diversos blogs e sites de notícias, exigindo, sob pressão e com ameaças, que fossem retiradas do ar as matérias que citam seu nome no caso. Ele alega ter sido inocentado pela Justiça, afirmando que o crime teria sido legítima defesa.
As ameaças se intensificaram através de um número com DDD (85) 9621-1268, utilizado por Walcir para enviar mensagens e áudios agressivos à redação do Portal do Águia, nos quais chegou a mencionar facções criminosas e até ameaçar diretamente o repórter conhecido como "Águia", caso as publicações não fossem retiradas.
Em virtude das ameaças, uma das matérias — que havia sido editada pela própria equipe — chegou a ser retirada do ar. No entanto, uma segunda matéria, com base em conteúdo de outro portal de notícias, permaneceu publicada. A postura do Portal do Águia é manter as reportagens no ar até que haja ordem judicial determinando o contrário. A defesa do suspeito ainda não apresentou documento legal solicitando a remoção.
Diante das ameaças graves, um Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Parnaíba, e o Portal solicita que a autoridade policial localize e intime Walcir Batista para que preste esclarecimentos sobre os ataques e ameaças à liberdade de imprensa.
Trechos dos áudios enviados por Walcir:
1º áudio:
"Vocês que andam publicando matéria falsa, fake news pelos outros, tá entendendo? O padre que acompanha o outro, morre afogado, entendeu? Vocês ainda vão pegar um doido aí, tá publicando fake news aí, sem saber da história verídica, entendeu? Tá com dois anos que fui absolvido por legítima defesa, seu baitola, viu? Manda a buceta desse teu jurídico paia, olhar aí, seu viado, viu?"
2º áudio:
"A sua reportagem, seu buceta, é muito é paia que vocês ficam publicando fake news, seu arrombado, entendeu? Vocês eram para pegar um doido e levar só chumbo na cara, seu viado, é muito linda a queda de vocês, entendeu? Seu baitola, tira essa porra aí, seu viado!"
Os demais áudios estão arquivados pela equipe da redação e poderão ser utilizados em eventual ação judicial, diante da gravidade das ameaças, injúrias, e palavras de baixo calão e tentativas de intimidação sofridas.
Reforçamos que o trabalho jornalístico é amparado pela Constituição, que garante a liberdade de imprensa e de expressão.
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