Um novo capítulo polêmico surge na administração do prefeito Francisco Emanuel (Progressistas) em Parnaíba. Recentemente, o gestor lançou uma licitação de R$ 19.831.025,20 (dezenove milhões, oitocentos e trinta e um mil, vinte e cinco reais e vinte centavos) destinada à aquisição de insumos hospitalares para um período de 12 meses.
O problema, porém, é que o município não possui hospital municipal, contando apenas com um pronto-socorro e 45 unidades básicas de saúde (UBSs). Atualmente, a cidade possui apenas um hospital estadual, deixando Parnaíba sem qualquer hospital sob administração direta do município.
O Pregão Nº 68/2025, publicado no dia 26 de setembro, já tem data marcada para abertura dos envelopes: 09 de outubro, às 10h, no auditório da prefeitura. Especialistas e autoridades questionam a compatibilidade entre o alto valor da licitação e a estrutura de saúde existente no município.
“É preciso que haja transparência e clareza na destinação desses recursos. Não é comum que um município sem hospital realize licitação de quase R$ 20 milhões para insumos hospitalares”, afirmou uma autoridade ligada à fiscalização.
O prefeito Francisco Emanuel, que já enfrenta questionamentos do Ministério Público do Piauí (MPPI) e do Tribunal de Contas do Estado, volta a ter a atenção da sociedade e dos órgãos de controle. A expectativa é que o processo seja acompanhado de perto para garantir legalidade e boa gestão dos recursos públicos.
Moradores da cidade demonstram preocupação. “É um valor gigantesco. A cidade precisa de um hospital, mas não temos. Queremos saber como esse dinheiro será realmente aplicado”, declarou um cidadão que preferiu não se identificar.
Com a data da licitação se aproximando, cresce o debate sobre prioridades e responsabilidade na gestão pública, enquanto o município se prepara para justificar o uso de quase R$ 20 milhões em insumos hospitalares, mesmo sem um hospital municipal.
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