O prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel, anunciou a intenção de gastar R$ 8,7 milhões em um processo de credenciamento de empresas prestadoras de serviços ambulatoriais e exames, que promete reduzir a fila de consultas especializadas do SUS no município.
O projeto está vinculado ao Programa de Ações de Saúde de Média e Alta Complexidade, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde, e tem como objetivo contratar médicos especialistas para atender a população.
Mas a medida vem cercada de questionamentos. Críticos apontam que, enquanto a prefeitura abre os cofres para credenciar empresas privadas, os hospitais e postos de saúde do município seguem enfrentando problemas básicos: falta de medicamentos, estrutura precária e demora em atendimentos de urgência.
Como é que a prefeitura encontra R$ 8.710.365,24 (Oito milhões, setecentos e dez mil, trezentos e sessenta e cinco reais e vinte e quatro centavos) para credenciamento, mas não consegue garantir sequer a reposição regular de remédios nas farmácias básicas? questiona um servidor da área da saúde que prefere não se identificar.
Além disso, opositores lembram que a gestão de Francisco Emanuel já acumula polêmicas em contratos milionários, levantando dúvidas sobre a real transparência na aplicação dos recursos públicos. A desconfiança aumenta porque o modelo de credenciamento abre margem para diferentes empresas entrarem no jogo, muitas vezes sem histórico consolidado na área.
Enquanto isso, a população de Parnaíba segue enfrentando filas intermináveis para consultas simples, e um sistema de saúde sobrecarregado. Para muitos, o gasto milionário soa mais como estratégia política do que como solução efetiva para os problemas da rede pública.
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