A gestão do prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel (Progressistas), viveu um dos momentos mais tensos desde o início do mandato. Segundo informações de bastidores, o prefeito entrou em saia-justa após rumores de um novo pedido de impeachment circular intensamente na cidade e na imprensa estadual.
Desesperado para evitar uma possível cassação, Francisco Emanuel teria ligado pessoalmente para o deputado estadual Rubens Vieira (PT), pedindo que ele intermediasse uma reunião com os vereadores para tentar barrar qualquer avanço do processo.
Reunião emergencial reúne 13 dos 19 vereadores
Atendendo ao apelo do prefeito, Rubens Vieira convocou uma reunião emergencial. Mas, dos 19 vereadores, apenas 13 compareceram ao encontro:
Joãozinho do Trânsito (MDB)
Neta Castelo Branco (PP)
Batista do Catanduvas (PP)
Edcarlos Gouveia (PP)
Neta da Kolping (REDE)
Ronaldo Prado (REDE)
Francisco Bigode (PL)
Enf. Taylon Andrades (Republicanos)
Ruan Benício (União)
Samaronne Pinheirão (MDB)
Samara do Estevão (PL)
Geraldinho (União)
Beto (PSD)
Esses vereadores, segundo fontes políticas, se posicionaram em apoio ao prefeito, mesmo diante das denúncias e dos escândalos apontados pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI). Informações obtidas por setores políticos indicam que o TCE-PI já estuda um possível afastamento temporário de seis meses do prefeito.
A reunião teria como objetivo principal garantir apoio para barrar um eventual novo pedido de impeachment, já que o clima nos bastidores da Câmara Municipal é considerado “explosivo”.
Na segunda-feira (10), um servidor da Prefeitura teria protocolado um pedido de impeachment contra o gestor por improbidade administrativa. Porém, na quinta-feira 13, o mesmo servidor voltou atrás e retirou o pedido, aumentando ainda mais a desconfiança nos bastidores políticos.
Apesar da retirada, vereadores de oposição afirmam que continuam havendo motivos suficientes para um novo pedido de cassação. Segundo eles, o prefeito teria perdido o prazo para sancionar um projeto de lei e, em seguida, assinado o documento com data retroativa — o que poderia configurar irregularidade grave.
Diante da crescente pressão, o prefeito acionou o deputado Rubens Vieira para tentar conter uma possível “onda de cassação”.
Vereadores que rejeitaram o acordo explodem nas redes e recebem apoio da população.
Seis vereadores não compareceram à reunião promovida por Rubens Vieira:
Daniel Jackson (Republicanos) — Presidente da Câmara
David Soares (PV)
Fátima Carmino (PT)
Maksuel Brandão (Podemos)
Renatinho (Republicanos)
Zé Filho Caxingó (MDB)
De acordo com apurações, esses vereadores vêm sofrendo ataques intensos nas redes sociais, supostamente financiados por aliados do prefeito. Há denúncias de que um blogueiro de outro estado estaria sendo pago para atacar os parlamentares que denunciam supostas irregularidades na gestão.
Em contrapartida, populares ouvidos nas ruas afirmam que esses vereadores merecem “nota mil” por não se submeterem à pressão política.
População acredita que, mesmo escapando da Câmara, prefeito não deve escapar do TCE-PI
O sentimento nas ruas é de que, mesmo que consiga evitar a cassação na Câmara, o prefeito não escapará das punições do TCE-PI, que pode decidir desde um afastamento imediato até medidas mais duras.
Presidente da Câmara, Daniel Jackson, emite nota
Diante do clima de tensão e das informações que circularam na imprensa regional sobre um possível novo pedido de impeachment, o presidente da Câmara, Daniel Jackson, decidiu emitir uma nota oficial — reforçando a gravidade da situação e a instabilidade política que atinge o município.
Segue a nota em vídeo abaixo!
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