A saúde pública de Ilha Grande do Piauí volta ao centro de um grave escândalo. Na tarde deste sábado (15/11), uma paciente gravou um vídeo denunciando a situação precária e perigosa da ambulância utilizada pela Secretaria Municipal de Saúde. O mesmo veículo já havia sido apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 29 de setembro de 2025, após uma série de irregularidades apontadas com apoio da equipe do Portal do Águia.
No dia da apreensão, a PRF identificou:
Falta de chave de roda
Falta de macaco
Documentação atrasada
Falta de ar-condicionado no setor destinado aos pacientes
Falhas no sistema de freios
O veículo foi levado ao pátio da PRF, e somente liberado após pagamento das pendências documentais e instalação dos acessórios básicos. Porém, segundo relatos da própria gestão, as falhas mecânicas e estruturais seriam resolvidas depois.
Mas não foi isso que aconteceu.
No vídeo gravado neste sábado (15), uma mãe de um paciente afirma que nada foi consertado:
VÍDEO
O ar-condicionado permanece sem funcionar, deixando o interior insuportavelmente quente.
Os bancos estariam soltos e se arrancando do lugar.
Pacientes relatam viajar em condições humilhantes.
A denúncia reforça a suspeita de que a ambulância foi recolocada em circulação sem passar pelas devidas correções, comprometendo a segurança de quem depende do transporte de saúde.
Diante da gravidade das acusações, o Portal do Águia está protocolando um ofício ao Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), solicitando:
Vistoria urgente na ambulância
Responsabilização dos gestores envolvidos
Investigação dos gastos públicos da Saúde de Ilha Grande
Acionamento do Ministério da Saúde, caso irregularidades sejam confirmadas
Outro ponto que agrava o caso envolve o servidor Carlinhos, motorista concursado há 26 anos e que conduzia a ambulância no dia da apreensão pela PRF.
Segundo apuração do Portal do Águia:
Após a apreensão, Carlinhos passou a ser acusado pela gestão, como se fosse o responsável pela situação do veículo.
Ele foi afastado de suas funções e teve aberto contra si um PAD (Processo Administrativo Disciplinar).
Esta não é a primeira vez que a prefeita Marina Brito e o secretário de Saúde, Pedro Filho, tentam afastá-lo.
A gestora já teria perdido uma ação na Justiça, sendo condenada a indenizar o servidor por perseguição.
Mesmo após decisão judicial, a perseguição teria continuado. Agora, com o novo PAD, Carlinhos prepara mais uma ação na Justiça contra a administração municipal.
As novas denúncias reacendem questionamentos sobre a gestão da prefeita Marina Brito, já marcada por episódios polêmicos na área da saúde e suposta perseguição a servidores.
Enquanto isso, a população de Ilha Grande do Piauí continua exposta a riscos e submetida a um sistema de transporte de pacientes que, segundo relatos, os trata “como se fossem bichos”.
O Portal do Águia seguirá acompanhando cada desdobramento e cobrando providências das autoridades competentes.

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