Uma verdadeira jogada de mestre — ou de risco extremo — teria sido articulada nos bastidores da política parnaibana envolvendo o suposto impeachment do prefeito Francisco Emanuel (Progressistas). A denúncia veio de uma fonte do Legislativo, que falou com exclusividade com este jornalista e revelou uma trama que, se confirmada, pode estremecer os pilares da gestão municipal.
Impeachment falso: a isca perfeita
Segundo a fonte, o pedido de impeachment protocolado na segunda-feira (10/11) e misteriosamente retirado na quinta-feira (13) não passava de uma peça teatral política. O documento, de acordo com o relato, era falso e tinha apenas um objetivo: colocar o prefeito nas mãos de um deputado estadual, que se apresentou como “salvador” para mediar a crise — crise esta criada justamente para gerar pânico no gestor.
A manobra foi arquitetada de forma milimétrica: o parlamentar acionou 4 vereadores de sua base, além de 9 vereadores influenciados por um deputado federal. No total, 13 vereadores — exatamente o número necessário para barrar ou permitir qualquer avanço de impeachment.
Com isso, o deputado teria se posicionado como o único capaz de impedir a queda imediata do prefeito, tornando-se peça indispensável nos próximos capítulos do poder municipal.
A moeda de troca: uma secretaria estratégica
Ainda segundo a fonte, um vereador, amigo íntimo do deputado, teria sido indicado pelo próprio parlamentar para ocupar um cargo de secretário na Secretaria de Saúde. A nomeação serviria como parte do acordo para consolidar o controle político do deputado sobre a gestão.
E a estratégia iria ainda mais longe:
No próximo ano, período da eleição para a presidência da Câmara Municipal, esse mesmo vereador deixaria o cargo de secretário para concorrer à presidência da Câmara com o apoio direto do deputado.
O plano final: cassação programada
O objetivo, segundo a fonte, seria simples e ousado:
Eleger o presidente da Câmara alinhado ao deputado;
Articular, no momento certo, a cassação do prefeito Francisco Emanuel;
Assumir interinamente o comando da Prefeitura;
Convocar nova eleição em até 90 dias;
Lançar o próprio deputado como candidato, já com a máquina na mão.
A fonte revela que “o sonho antigo do deputado é ser prefeito de Parnaíba”, e que esse seria, finalmente, o caminho aberto para isso.
Reunião secreta exposta: fotos vazam nas redes
A reunião com os 13 vereadores realmente aconteceu. Fotos circularam em grupos de WhatsApp e em outras redes sociais, revelando rostos conhecidos do Legislativo e até um detalhe que chamou atenção:
um empresário de outro estado estava presente no encontro.
A presença dele levanta perguntas sérias:
O que um empresário de fora fazia em uma reunião política tão delicada?
Qual é o interesse dele no prefeito ou no grupo de 13 vereadores?
Ele estaria financiando algo? Mediando acordos? Representando quem?
Nenhuma dessas perguntas foi respondida até o momento.
MPPI entra no circuito
A situação ficou ainda mais suspeita quando, no dia seguinte à reunião, o prefeito iniciou uma onda de exonerações e nomeações relâmpago, trocando peças-chave na administração.
A fonte afirma que um documento já está a caminho do Ministério Público do Piauí (MPPI), solicitando:
A ATA completa da reunião entre o prefeito e os 13 vereadores;
Explicações sobre a subita mudança na equipe municipal;
A motivação real por trás de todo o movimento.
Segundo a denúncia, o MPPI deverá investigar se houve abuso de poder político, formação de grupo organizado para manipular processos legislativos ou tentativa de golpe político.
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