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30 de dezembro de 2025

ESCÂNDALO DO FUNDEF EM PARNAÍBA: PREFEITO TENTA “EMPURRAR” PROJETO INCOMPLETO E SE RECUSA A PAGAR JUROS DE R$ 18 MILHÕES AOS PROFESSORES

O prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel Cunha de Brito (Progressistas), está no centro de mais uma grave polêmica envolvendo recursos da educação. Desta vez, o gestor tenta convencer vereadores a aprovarem um projeto de lei incompleto para se livrar do pagamento dos juros dos precatórios do antigo Fundef, que chegam à cifra milionária de R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais) valor que, por direito, pertence à classe dos professores.

VÍDEO


No dia 26 de dezembro, o prefeito encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que dispõe sobre a abertura de crédito adicional especial com recursos oriundos da primeira parcela do Fundef. No entanto, o projeto não foi colocado em pauta pelo presidente da Câmara, vereador Daniel Jackson, justamente por apresentar falhas graves, ausência de informações essenciais e diversos pontos obscuros.


Segundo o presidente do Legislativo, o texto enviado pelo Executivo não detalha claramente a destinação dos recursos, levantando suspeitas e insegurança jurídica. Diante disso, a Presidência da Câmara decidiu não submeter o projeto à votação, evitando que os vereadores assumam responsabilidade por algo que pode gerar consequências legais futuras.

A situação se agrava ainda mais porque não é a primeira vez que o prefeito tenta manobrar recursos do Fundeb. Em meses anteriores, decretos assinados pelo Executivo promoveram anulações e remanejamentos suspeitos de verbas, o que levou o Ministério Público Federal (MPF) a emitir, em 17 de outubro de 2025, uma recomendação formal ao prefeito.

Na recomendação, o MPF foi claro:

os valores dos precatórios do antigo Fundef, hoje incorporados ao Fundeb, devem ser utilizados exclusivamente na educação básica pública e na valorização dos profissionais do magistério.

Mesmo assim, o prefeito gravou um vídeo divulgando uma suposta conversa informal, onde afirma que, após a aprovação do projeto, cada professor receberia um abono de R$ 1.000,00 (mil reais). A promessa, no entanto, não convenceu o presidente da Câmara nem os demais vereadores.


Os números levantam ainda mais desconfiança:

Valor principal do Fundef: R$ 19.000.000,00 (dezenove milhões de reais)

Juros devidos aos professores: R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais)

O prefeito quer repassar apenas o valor principal, enquanto se recusa a pagar os juros, oferecendo em troca um abono pontual de mil reais valor irrisório diante do montante total devido à categoria.

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR

Se o dinheiro já está na conta da prefeitura, por que o prefeito se recusa a repassar os R$ 18 milhões em juros que pertencem aos professores?
O que o gestor pretende fazer com esse dinheiro?

CLIMA DE MEDO NA CÂMARA

Com diversas investigações em andamento no Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), (MPPI) vereadores da base e da oposição estão cautelosos. O receio é claro: aprovar um projeto suspeito pode “sobrar” para o Legislativo, principalmente quando envolve verbas federais da educação.

Diante desse cenário, cresce a pressão para que o prefeito explique com transparência, apresente um projeto completo e legalmente seguro, e cumpra a lei,  repassando os 18milhões em respeitando os direitos dos profissionais da educação.


Este portal segue acompanhando o caso e deixa o espaço aberto para que o Prefeito de Parnaíba apresente sua versão oficial dos fatos.

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