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24 novembro 2017

Prefeitos conseguem ajuda financeira de R$ 2 bilhões da União

Prefeitos em Brasília

Em sessão conjunta do Congresso Nacional, que ocorreu nesta quarta-feira (22), para análise dos vetos presidenciais dos últimos meses, o movimento municipalista novamente demonstrou sua força com a efetivação de seu pedido ao Legislativo federal. Após uma luta histórica, que demandou empenho municipalista por mais de 15 anos, os parlamentares derrubaram o veto ao encontro de contas.

Por 43 votos, o senado rejeitou o veto ao dispositivo que prevê um encontro de contas entre osmunicípios e a União envolvendo recursos relacionados a pagamentos em duplicidade a regimespróprios de Previdência e ao INSS. Pouco antes, a Câmara dos Deputados também havia rejeitadoo veto por 300 votos.

A Medida Provisória (MP) 778/2017, que estabeleceu o parcelamento da dívida previdenciária, foiaprovada primeiramente na Câmara. Foi lá que também se inseriu uma emenda proposta pelodeputado Herculano Passos (PSD-SP), em forma de destaque, que incluía o Encontro de Contas aotexto da MP. Em seguida, o Senado aprovou o texto da forma que o recebeu da Câmara. Noentanto, quando chegou para sanção do Palácio do Planalto, os artigos 11 e 12, relativos à medida,foram vetados.

O resultado positivo para o Movimento Municipalista foi fortalecido com a mobilização de mais dedois mil prefeitos em Brasília para acompanhar a votação, entre estes a Associação Piauiense de Municípios (APPM), esteve presente com mais de 90 gestores. Nos dias 21 e 22 de novembro, os representantes municipais apresentaram suas demandas para as bancadas estaduais, realizaram caminhadas no Congresso Nacional e fincaram barcos como forma de mostrar a preocupação de todos com a crise que assola os Municípios brasileiros.
Prefeitos em Brasília
Importância da derrubada do Veto
Entre os motivos alegados para vetar os artigos, o presidente da República, Michel Temer, alegouque a proposta de um Encontro de Contas deveria ser de iniciativa exclusiva da Presidência, aomesmo tempo em que, contraditoriamente, afirmou ser assunto reservado à lei complementar. Ogoverno federal ainda alegou que, caso aprovado, a iniciativa desencadearia um custo excessivo.No entanto, o Movimento Municipalista mostrou que a iniciativa não representa aumento dedespesas para União, visto que não cria nenhuma obrigação para o governo federal ou direitopara os Municípios. Apenas se decidirá administrativamente acerca de pontos controvertidos nosdébitos atualmente consolidados, evitando que os Municípios recorram ao Judiciário e gastemcom honorários advocatícios.

Para viabilizar o Encontro de Contas, é proposta a implementação do Comitê de Revisão da DívidaPrevidenciária Municipal, vinculado à secretaria de governo do Gabinete da Presidência daRepública e Receita Federal, que contará com representantes indicados pela União, Municípios eMinistério Público, em composição a ser definida por meio de Decreto do Poder Executivo em até180 dias da sanção da lei. Objetiva-se que esse seja um colegiado permanente de decisãoadministrativa acerca dos litígios entre Munícipios e a União, o que contribuiria para evitar ajudicialização.

Atualmente, para o Município questionar qualquer débito consolidado contra ele, o gestor tem àdisposição apenas recursos inócuos à própria Receita Federal ou ao Judiciário, que reiteradamentetem dado ganho de causa aos Municípios. No entanto, como a União sempre recorre, osprocessos vêm se arrastando, o que mantém o Ente negativado e impedido de refinanciar.

Auxílio Financeiro aos Municípios

O presidente de a República, Michel Temer determinou que fosse repassado, até dezembro, AuxílioFinanceiro (AFM) de R$ 2 bilhões aos municípios brasileiros, por meio do Fundo de Participaçãodos Municípios (FPM). Deste, os municípios piauienses receberão metade do valor que receberamdo 1% do FPM em julho.

O presidente da APPM, Gil Carlos falou sobre a conquista. “Com muita luta conseguimos, o AuxílioFinanceiro com o presidente Michel Temer, que autorizou o repasse de 2 bilhões de reais para osmunicípios de todo o Brasil. Com isso, os municípios do Piauí receberão metade do valor quereceberam do 1% do Fundo de Participação em julho, então a nossa sugestão é de que os prefeitosfaçam seus cálculos, e vejam a melhor forma de investir esse dinheiro que será repassado”,conclui.

Prefeitos fazem um balanço da mobilização

Com isso, o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Gil Carlos, ressaltou aimportância das conquistas. “Tivemos dois passos importantes para os municípios do Piauí. aderrubada do veto relacionado ao Encontro de Contas da Previdência e o Auxílio Financeiro, duasde nossas principais bandeiras na mobilização. Essa é uma vitória importante, que fará com quetenhamos um alívio nos débitos com a previdenciários das prefeituras do Piauí, demonstrandotambém a força do municipalismo”, ressaltou o presidente da APPM e prefeito de São João doPiauí, Gil Carlos.

Jonas Moura, vice-presidente da APPM e prefeito de Água Branca destacou o esforço dos gestorespiauienses. “Estivemos nessa mobilização em Brasília ao lado de vários prefeitos do Piauí e doBrasil buscando recursos para fechar as contas de 2017. Essa foi uma batalha que conseguimoscom muito esforço e que demonstrou a força da nossa união. Saímos motivados, por termosconseguido alcançar mais essa vitória para nossos municípios”, disse.

A prefeita Maria José, de Santana do Piauí “Cobramos dos nossos parlamentares e conseguimosapoio às nossa reinvindicações. Também conseguimos o veto ao Encontro de Contas, e atravésdos nossos presidentes das Associações, que estiveram reunidos com o presidente, Michel Temer,obtivemos mais um aporte financeiro, que vai ajudar a desafogar os nossos municípios. No geral,entendemos que essas articulações foram e são importantes para o fortalecimento das nossascausas. Essa foi apenas uma batalha e a luta continuará para que possamos conseguir maisvitórias a favor de nossos munícipes”, concluiu.

O prefeito de Hugo Napoleão, Hélio Rodrigues parabenizou a ação. “Só tenho a parabenizar atodos nós, gestores municipais pela grande mobilização que realizamos em Brasília, de ondesaímos vitoriosos e mostramos que com a nossa união podemos conseguir muitos avanços paranossas cidades”.

Valdecir Júnior, gestor de Curimatá ressalta o ganho alcançado com a causa municipalista.“Classifico essa mobilização dos prefeitos como tendo um resultado significativo em face das dificuldades que os municípios brasileiros estão passando. Saindo de um momento de crise e tendo alcançado essas vitórias, dará certamente um impacto, do ponto de vista de que a força domunicipalista prevaleceu. Os municípios brasileiros através de seus representantes pressionaram a bancada federal de seus estados e teve como resultado esses ganhos. O Encontro de Contas fará com que na pior das hipóteses, os municípios tenham um ganho em suas finanças, significa dizer que nesse momento, em que estamos passando por uma crise financeira, isso vai fazer com que os municípios tenham um alívio para saldar suas contas”, afirmou.

Fonte: Ascom APPM 

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