O prefeito de Cocal, Cristiano Britto, acaba de levar seu primeiro tombo jurídico e foi merecido.
Nesta segunda-feira (29/07), a Justiça determinou que o comerciante Antônio Pedro da Silva seja imediatamente reintegrado ao quiosque nº 01 da Praça da Estação, de onde foi retirado de forma humilhante e ilegal. A cena, que correu as redes sociais, mostrava a Guarda Municipal arrombando o espaço de trabalho do pequeno comerciante, jogando suas mercadorias no chão, sem direito de resposta, sem defesa, sem dignidade.
Detalhe: Antônio estava ali legalmente, com contrato válido até 2029.
A decisão judicial não apenas devolve o espaço a quem de direito, mas exibe com todas as letras o que a Prefeitura tentou esconder: a ação foi abusiva, desrespeitosa e, acima de tudo, ilegal. O juiz foi claro ao afirmar que houve abuso de poder e violação do devido processo legal. Em outras palavras: não é porque a Prefeitura tem a caneta na mão que pode sair rasgando contratos e passando por cima das pessoas.
E não é só Antônio. Outros comerciantes também foram despejados no mesmo esquema: sem aviso, sem justificativa, como se fossem invasores — quando na verdade sustentam suas famílias ali há anos. Muitos agora denunciam perseguição política e contam com o apoio do Ministério Público, que já entrou em cena.
Essa decisão da Justiça é mais do que uma vitória individual. É um aviso. Um alerta para gestores que confundem poder com autoritarismo. A lei ainda vale — e vale também para quem está no gabinete com ar-condicionado.
Cocal assistiu a um abuso. Agora começa a assistir à reparação.
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