Em meio ao escândalo envolvendo a atual gestão do prefeito de Cocal, Cristiano Brito (Republicanos), sobre a suposta contratação de dois criminosos para atuar como seguranças pessoais, a Superintendência de Comunicação do município, comandada por Godofredo Cardoso de Brito, segue em silêncio absoluto. Até o momento, nenhum esclarecimento foi emitido à imprensa ou à população, aumentando o desgaste da imagem do gestor.
Os nomes apontados como contratados são: Paulo Francisco de Oliveira, ex-policial militar do Maranhão, e Renê dos Santos Lopes, foragido da Justiça do Espírito Santo.
Paulo Francisco foi expulso da Polícia Militar após ser acusado de assassinar o jovem Gabriel Carvalho, de 18 anos, em 15 de dezembro de 2020, no povoado Cana Brava, município de Água Doce do Maranhão. Segundo testemunhas, a vítima foi morta com dois tiros à queima-roupa ao tentar impedir um assalto supostamente praticado pelo então policial, que não estava fardado no momento do crime.
Já Renê dos Santos Lopes possui um mandado de prisão em aberto (nº 0024845-702011.8.08.0048.01.003-14), expedido pela Justiça do Espírito Santo, onde é acusado de homicídio.
Diante de um caso tão grave, chama atenção o silêncio da Superintendência de Comunicação. A pergunta que fica é: para que serve uma superintendência de comunicação, se não para informar, esclarecer e proteger a imagem da administração pública diante de situações de crise?
A função desse órgão é justamente divulgar as ações da prefeitura, manter uma relação ativa com a imprensa e prestar contas à população. No entanto, o que se vê é uma superintendência omissa, que parece operar às sombras — ou simplesmente não operar.
Para muitos, a ausência de posicionamento público pode ser interpretada como um jogo político. Há quem questione se o superintendente Godofredo Cardoso estaria deliberadamente deixando o prefeito "sem voz" em um momento tão delicado, ou se há uma disputa interna pelo poder dentro da gestão.
O fato é que Cristiano Brito se afunda em denúncias enquanto a Superintendência de Comunicação permanece calada. Se continuar assim, não será surpresa se o prefeito tiver que nomear um novo responsável pela pasta — alguém que realmente compreenda a importância da comunicação pública e esteja disposto a agir com transparência e responsabilidade.
Enquanto isso, Godofredo segue no cargo, recebendo salário, mas sem cumprir o papel que a função exige.
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