A gestão do prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel (Progressistas), volta a ser alvo de questionamentos após a publicação de mais uma licitação milionária. Na noite da última segunda-feira (25/08), foi divulgado no mural do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) o Pregão nº 55/2025, que prevê a contratação de uma empresa especializada em serviços de hospedagem e hotelaria pelo período de 12 meses.
O valor estimado do contrato chama atenção: R$ 1.865.998,52 (um milhão, oitocentos e sessenta e cinco mil, novecentos e noventa e oito reais e cinquenta e dois centavos).
A grande dúvida que paira sobre a população é: quem seriam as autoridades, servidores ou convidados que se hospedariam em hotéis pagos com recursos públicos do município de Parnaíba?
Essa não é a primeira polêmica envolvendo a atual gestão. Recentemente, a Prefeitura de Parnaíba desembolsou mais de R$ 3 milhões para o pagamento de artistas nacionais em eventos, valor que deixou grande parte da população indignada diante das dificuldades enfrentadas em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
Além disso, há críticas direcionadas aos 17 vereadores da cidade, que aprovaram, no início de 2025, um orçamento de 8% para suplementação de verbas. Apenas seis meses depois, votaram novamente e ampliaram o índice para 26%, o que, na prática, concedeu ao prefeito uma espécie de “cheque em branco” de R$ 260 milhões para movimentar os cofres municipais conforme seu interesse.
Para críticos da atual administração, o resultado dessas manobras já começa a aparecer “a olho nu”: obras paradas, serviços públicos fragilizados e, em contrapartida, uma escalada de gastos vultosos em eventos, shows e, agora, hospedagens.
Enquanto isso, cresce o clamor para que os órgãos de fiscalização – como Ministério Público e Tribunal de Contas – analisem de perto a legalidade e a real necessidade desse tipo de despesa.
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